O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Cesar Miranda afirmou que o contrato do governo boliviano para fornecimento de gás natural para Mato Grosso não deve ser afetado com a renúncia do presidente Evo Morales.
O acordo foi firmado em setembro deste ano, pelo governador Mauro Mendes e dirigentes da estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), em Santa Cruz de la Sierra.
Com a renúncia de Morales na tarde deste domingo (10), o temor sobre uma possível quebra de acordos firmados internacionalmente vieram à tona.
“Eu acredito que não [haverá quebra de acordo]. Nós temos um contrato firme de fornecimento dentro das normas internacionais e independente de quem é um mandatário de um país os contratos têm que ser cumpridos e obedecidos”, disse o secretário ao MidiaNews.
Miranda revelou que acompanha com atenção a crise vivenciada na Bolívia e aguarda por novas eleições. Até o momento, não se sabe quando acontecerá o novo pleito e nem se Morales poderá ou não se candidatará novamente.
Para Mato Grosso, a empresa YPFB envia 1,5 milhão de metros cúbicos do produto ao mês.
“Acredito eu que não temos nenhum tipo de paralisação no fornecimento de gás, até porque a YPFB boliviana não tem contrato só com o Governo de Mato Grosso, MT Gás. Tem contrato com a Petrobras, com governo argentino e outros. Cláusulas internacionais regem esses contratos e eu acredito firmemente que eles serão cumpridos”, afirmou.
Acordo
O contrato, que foi assinado após quase um ano de negociação, permitiu a viabilidade da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás). Isso porque, até o início do ano ela corria risco de ser extinta.
O acordo foi firmado com a estatal YPFB permitiu que a Usina Termelétrica Governador Mário Covas, em Cuiabá, retome suas atividades.
Mato Grosso estava sem o fornecimento de gás desde junho de 2018.