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Oficiais: Taques mandou destruir equipamentos; Siqueira se cala

Os três coronéis foram ouvidos juntos pela delegada Ana Cristina Feldner, que integra força-tarefa

13/12/2019 | 10:27

Mídia News

Oficiais: Taques mandou destruir equipamentos; Siqueira se cala

Os coroneis Airton Siqueira, Evandro Lesco e Zaqueu Barbosa, acusados de integrarem esquema

Foto: Montagem/MidiaNews

O ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, reafirmou em acareação perante a força-tarefa da Grampolândia Pantaneira que o ex-governador Pedro Taques (PSDB) deu ordem para destruir equipamentos usados no esquema de escutas clandestinas.

Comandada pela delegada Ana Cristina Feldner, a acareação, realizada no último dia 4 de novembro, reuniu também os coronéis Evandro Lesco e Aírton Siqueira, ex-chefe da Casa Militar e ex-secretário de Justiça, respectivamente. Durante todo o procedimento, Siqueira se reservou no direito de permanecer calado.

A força-tarefa da Grampolândia Pantaneira apura a criação de um escritório clandestino para interceptar adversários políticos do ex-governador, entre os anos de 2014 e 2015.  A acareação foi necessária, segundo a delegada, para esclarecer pontos divergentes nos depoimentos dos três coronéis.

O MidiaNews teve acesso ao vídeo da acareação, em que Zaqueu relatou a existência de uma reunião entre ele e o então governador Pedro Taques, supostamente marcada pelo então secretário Airton Siqueira, em outubro de 2015. O encontro teria ocorrido em uma sala ao lado ao gabinete de Taques, no Palácio Paiaguas. 

“Nessa reunião estávamos eu e o governado apenas. Ato contínuo, terminou a reunião e eu passei na Casa Militar e passei para o coronel Siqueira e Lesco o resultado da reunião. E o ponto principal dessa reunião foi que o governador disse que era para dar ‘destino’ a esse material”, disse o coronel em depoimento.

Lesco afirmou à delegada que ficou sabendo da reunião, mas que não esteve presente nela. E confirmou que recebeu de Zaqueu a ordem dada por Taques.

Já Siqueira preferiu ficar em silêncio.

Dias antes da acareação, em depoimento que havia dado em 22 de outubro, Siqueira negou que tenha recebido ordens para destruir equipamentos. "Não recebi ordem nenhuma. Nem do coronel Zaqueu", disse Siqueira.

Acareação

Durante o procedimento, a delegada ainda questionou sobre o conhecimento do coronel Siqueira sobre o esquema de interceptações clandestinas. Isso porque, Zaqueu e Lesco afirmaram em outra ocasião que ele tinha conhecimento. No entanto, Siqueira disse desconhecer.

“Desde o início ele soube. É de conhecimento dele. Sempre foi”, disse Zaqueu, que teve apoio de Lesco na afirmação.

Siqueira, no entanto, preferiu não se manifestar.

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