Em relatório de produtividade da Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Confresa obtido pelo site Olhar Alerta, foi possível constatar que o número de medidas protetivas solicitadas por mulheres no ano de 2019 foi maior que do ano anterior.
Conforme apurou a redação, em 2019 foram confeccionadas pela delegacia um total de 129 medidas protetivas, já em 2018, este número foi de 94. O que representa um aumento de 37%.
Em entrevista ao site Olhar Alerta, a policial civil Brenda Alvarenga, responsável pelo Samic, um cartório especializado em atendimento à mulher, idoso e criança, disse que medida protetiva é um mecanismo legal que tem como objetivo proteger o indivíduo de situações de risco, quando a ameaça é feita por um agressor. As mulheres são quem mais solicitam, visto que casos de agressão contra pessoas do sexo feminino em âmbito doméstico são comuns.
“Quando há um desentendimento entre o casal, existe o amparo da Lei Maria da Penha e um dos preceitos da lei é a medida protetiva, então a mulher que se sentir vítima de uma violência doméstica, seja ela patrimonial, moral, psicológica, sexual ou física, ela pode vir aqui na delegacia e solicitar a medida protetiva”, afirmou Brenda.
A policial ressaltou ainda que na delegacia é feito apenas o pedido da medida, a autorização é feita pelo juiz.
Para Brenda, o aumento de medidas protetivas não se deve à um crescimento no número de casos de agressão, mas sim à coragem e vontade da vítima em sair do ambiente de violência. De acordo com ela, a violência doméstica nunca começa com a tentativa de homicídio em si, mas sim com pequenas atitudes, como empurrões, xingamentos, queimar peças de roupa, entre outros, portanto, é necessária uma atenção por parte da mulher.
