O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu que o Aliança pelo Brasil – partido político que ele quer tirar do papel – tenha um candidato para disputar a eleição suplementar do Senado, que acontecerá no primeiro semestre deste ano em Mato Grosso.
A vaga está em aberto em razão da cassação da senadora Selma Arruda (Podemos) por caixa 2 e abuso de poder econômico.
“Se formar o partido, dá tempo de lançar um candidato ao Senado em Mato Grosso? Porque vai ter eleição lá. Uma vaga ao Senado”, disse Bolsonaro, durante evento de apoiadores da nova sigla, realizado no último sábado (18), em Brasília.
“Se der tempo, seria a primeira porta nossa: eleger um senador ‘raiz’, um senador do Aliança”, emendou o presidente.
Os criadores da sigla acreditam já ser possível reunir as assinaturas necessárias para criação da legenda já no início do próximo mês.
São necessários 492 mil nomes para que o registro possa ser feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda durante o evento, Bolsonaro disse que tem como meta formar um partido “comprometido de verdade com o futuro do País”.
“Um partido que não aceitará usar o ‘fundão’, que tem uma bandeira que todos vão seguir. A bandeira de um Brasil melhor para todos nós. A bandeira onde os valores familiares sempre estarão falando bastante alto. Um partido que pense na economia liberal com responsabilidade, no livre comércio, na meritocracia, no patriotismo, na defesa do nosso País”, discursou.
“Mais do que isso, um partido com a política externa voltada a aperfeiçoar e se integrar com demais países na questão econômica, mas que abomine também o terrorismo. Não podemos ser omissos no tocante a isso”.
Cotado
Em seu discurso, Bolsonaro não citou nomes de possíveis candidatos a pleitear a vaga ao senado.
Em Mato Grosso, um dos cotados para ingressar na nova sigla é o deputado federal Nelson Barbudo (PSL).
Considerado um ferrenho defensor do presidente, Barbudo já admitiu a possibilidade de concorrer à cadeira em aberto.
