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"Cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós", diz Bolsonaro

Em vídeo nas redes sociais, presidente defendeu que etnias se integrem mais à sociedade

24/01/2020 | 09:49

Folhapress

O presidente da República Jair Bolsonaro

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira (23) que as comunidades indígenas se integrem ao restante da sociedade e avaliou que, cada vez mais, o índio está "evoluindo" e se tornando um "ser humano igual a nós".

Em vídeo, divulgado nesta quinta-feira (23), o presidente destacou que o Conselho da Amazônia, estrutura criada no início da semana e que será comandada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, será responsável pela coordenação das atividades de proteção da floresta e também de defesa das reservas indígenas.

"Com toda a certeza, o índio mudou. Está evoluindo. Cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós. Então, fazer com que o índio cada vez mais se integre à sociedade e seja realmente dono da sua terra indígena. É isso que nós queremos aqui", disse.

Em dezembro, o presidente já havia pregado que, na proposta de liberação da mineração em terras indígenas, fosse regulamentada a atividade de pecuária e agricultura. Ele defendeu a autorização para que comunidades indígenas possam arrendar suas terras para a agricultura e pecuária, o que hoje não é permitido.

Em tese, a legislação permite ao indígena usufruir da terra para a sua sobrevivência. Há casos em todo o país de índios que plantam produtos agropecuários e comercializam para gerar renda para a sua comunidade.

A ideia inicial era que a proposta fosse enviada pelo presidente ao Poder Legislativo em setembro, mas acabou sendo adiada para este ano, ainda sem uma data definida.

O avanço das áreas de pecuária e de agricultura no Centro-Oeste e no Norte contribuem com o desmatamento na floresta amazônica, que teve uma alta no ano passado.

Ainda nos primeiros nove meses da atual gestão, o número de invasões a terras indígenas no país explodiu, segundo dados divulgados pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Em 2018, foram registrados 111 casos do tipo em 76 terras indígenas. Somente de janeiro a setembro de 2019, o número pulou para 160 invasões em 153 terras indígenas.

1 comentário

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  • Patricia 25/01/2020 | 10:03

    Certo! Então vamos fazer o seguinte, vamos todos sair do país e deixar ele todo para o povo indígena já que todo esse território antes de nós era eles quem abrigava, pertencendo unicamente a eles...lembrando da injustiça que foi feita com o pessoal da Suiá-Missu (Posto da Mata) no qual muitas famílias foram desapropriadas de suas terras que segundo o governo é território indígena mas se for olhar bem todo país é...o povo daquelas terras muitos perderam até bens materiais no qual nem deixaram retirar de suas residências, nem indenização aquele povo ganhou, mas dinheiro nenhum paga a dor que até hoje muitos deles carregam, ali muitos cresceram muitos foram criados e em questão de dias tudo aquilo foi destruído e hoje esquecido...

 
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