A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) afirmou, nesta quarta-feira (5), que poderá expulsar um estudante do curso de Medicina que foi acusado de ter dopado e estuprado uma jovem, em Cuiabá.
A denúncia foi feita pela vítima em seu perfil do Twitter na noite dessa terça-feira (4), mas os abusos teriam ocorrido em dezembro do ano passado.
Em nota, a UFMT apontou que o comportamento denunciado é incompatível com a postura de seus estudantes.
Conforme o regimento de disciplina do corpo discente, condenação criminal e atitudes “incompatíveis com a vida universitária” são passíveis de expulsão.
A instituição disse que está acompanhando o caso e aguarda as investigações da Polícia Civil.
A denúncia
A jovem chamou atenção no Twitter ao denunciar o crime. O caso ganhou repercussão na rede social na manhã desta quarta-feira.
No relato, a garota disse que teve uma briga com sua mãe e saiu de casa já de noite. Ela parou em um “lugar desconhecido” para carregar o celular e teria recebido uma mensagem do suspeito.
“Ele me mandou mensagem perguntando como eu estava e se mostrou preocupado. Disse que queria me ver e nisso mandei a localização do lugar onde eu estava e ele foi até mim”, escreveu.
Quando o estudante chegou, a garota disse que estava chorando muito e nervosa ainda com a situação, mas acabou entrando no carro do suspeito, que deveria levá-la até a casa de uma amiga da vítima.
No veículo, o rapaz teria oferecido um comprimido para a jovem dizendo que era um calmante. Inicialmente, a vítima teria dito que iria tomar quando chegasse à casa da amiga.
Segundo a vítima, o estudante insistiu, dizendo que o remédio demoraria a fazer efeito, então ela deveria tomar naquela hora.
Confiando no colega, a garota disse que tomou o comprimido, mas logo começou a perder as forças. Nesse momento, os abusos teriam começado.
“Depois de tomar o remédio e ficar grogue, tentei conversar e ele começou a passar a minha mão no pênis dele”, contou.
Ela conseguiu perceber que o jovem mudou a rota e a levou para um motel.
Com o celular descarregado novamente, a vítima teria pedido para usar o celular do rapaz para entrar em contato com sua amiga pelo Instagram, mas o suspeito começou a enviar fotos íntimas para os contatos.
“Pedi para usar meu Instagram no celular dele, loguei para falar com minhas amigas e ele mandou foto do pênis dele para algumas amigas. Depois, começou a falar como se fosse eu”, relatou.
Uma amiga acabou bloqueando a vítima no Instagram por conta das mensagens invasivas.
No dia seguinte, ela disse que acordou na casa de um colega e, ao tomar banho, encontrou uma camisinha e maconha em sua vagina.
Ela afirmou ainda que outras coisas aconteceram, mas que preferiu não revelar.
Segundo informações, a vítima registrou boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
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