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Ronaldinho é investigado sob suspeita de usar passaporte falso

O ex-atleta viajou ao Paraguai para o lançamento do livro "Gênio da Vida" e participaria também de eventos beneficentes

05/03/2020 | 09:56

Folhapress

Ronaldinho é investigado sob suspeita de usar passaporte falso

Os documentos foram apreendidos, assim como celulares

Foto: Divulgação

O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, 39, e seu irmão Roberto Assis, 49, estão sendo investigados no Paraguai, sob suspeita de usarem documentos falsos para entrar no país.

A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira (4), inicialmente por jornais locais, como o La Nación e o ABC Color, e posteriormente confirmada por autoridades paraguaias.

Por volta das 21h, integrantes da Polícia Nacional, do Ministério do Interior e do Ministério Público foram até a suíte onde eles estavam hospedados, no hotel Yacht y Golf Club, em Lambaré, nas proximidades de Assunção. Lá, afirmaram ter encontrado passaportes e carteiras de identidades paraguaios falsos nos nomes de Ronaldinho e Assis.

Eles permaneceram a noite no hotel, sob custódia, e devem depor às autoridades na manhã desta quinta-feira (5), segundo informações da imprensa local. Os documentos foram apreendidos, assim como celulares.

De acordo com relato do comissário Gilberto Fleitas ao jornal ABC Color, as autoridades tiveram conhecimento de que cidadãos brasileiros ingressaram no país com documentos paraguaios, o que chamou a atenção. Em contato com o departamento de identificações, não foram encontrados registros de seus dados no sistema, o que motivou a busca no hotel.

Fleitas afirmou nesta quinta à rádio ABC Cardinal que Ronaldinho e Assis disseram ter recebido os documentos falsos do empresário Wilmondes Sousa Lira, 45, que está detido na sede da investigação de delitos da polícia.

As defesas dos irmãos e de Lira não foram localizadas até a publicação deste texto. Ao site Globoesporte.com, o advogado Sérgio Queiroz, que representa o ex-jogador, afirmou: "Certamente trata-se de algum equívoco que será esclarecido".

O ex-atleta viajou ao Paraguai para o lançamento do livro "Gênio da Vida" e participaria também de eventos beneficentes organizados pela Fundação Fraternidade Angelical. Ele havia sido recebido com festa na chegada ao país, incluindo escolta policial no aeroporto.

Brasileiros não precisam de passaporte para entrar no Paraguai, já que isso pode ser feito com o RG.

Não é a primeira vez que o nome de Ronaldinho é ligado a problemas com seu passaporte. Em novembro de 2018, ele e Assis chegaram a ter seus documentos brasileiros apreendidos após condenação por um crime ambiental no Rio Grande do Sul.

Ele fora condenado a pagar mais de R$ 8,5 milhões pela construção de um píer em área de proteção ambiental no lago Guaíba, na capital gaúcha. Como não cumpriu a sentença, teve o passaporte retido.

Em setembro do ano passado, um acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul permitiu que ele recuperasse o documento. Os termos da negociação não foram publicados à época.

Pouco antes de fechar esse acordo, Ronaldinho havia sido nomeado embaixador do turismo brasileiro pela Embratur, instituto ligado ao Ministério do Turismo. A nomeação ocorrera mesmo sem o documento que permite viagens ao exterior.

Entre as atividades como embaixador do Turismo previstas pelo governo federal está a criação de um reality show, chamado de "Rei do Rolê". Ele viralizou nos últimos anos em redes sociais com a fama dos "rolês aleatórios", por aparecer em fotografias com diferentes personalidades em lugares inesperados.

Com o passaporte recuperado, viajou a Israel em outubro para participar de um amistoso beneficente ao lado de outros ex-jogadores da seleção brasileira.

"Estou voltando à minha rotina, né? Tive um problema com o passaporte. Então, estou feliz de poder voltar a viajar", afirmou rapidamente à Folha de S.Paulo na ocasião, ao desembarcar em em Tel Aviv.

Também no ano passado, a Folha de S.Paulo revelou que Ronaldinho, eleito duas vezes o melhor do mundo e aposentado do futebol desde 2015, acumulava dívidas e problemas com a Justiça.

Na época da reportagem, em julho, estava com 57 imóveis bloqueados, 4 deles penhorados, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul por causa da multa ambiental. Além disso, tinha R$ 7,8 milhões em protestos em três cartórios da capital gaúcha.

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