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"Ele não é perito em documentos", diz advogado de Ronaldinho

As declarações foram concedidas ao jornal ABC Color na manhã desta quinta-feira (5)

06/03/2020 | 09:36

Folhapress

O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho

Foto: Divulgação

O advogado paraguaio Adolfo Marín, contratado por Ronaldinho Gaúcho, 39, que está sob investigação em Assunção por suspeita de usar documentos adulterados, disse que o brasileiro está chocado e disposto a colaborar com as autoridades.

As declarações foram concedidas ao jornal ABC Color na manhã desta quinta-feira (5), antes do início de uma audiência do caso.

"O Ronaldinho está chocado e ainda não entende o que aconteceu", disse Marín ao ABC Color.

Marín afirmou que Ronaldinho poderia ter entrado no país sem nenhum problema com sua carteira de identidade (por causa de acordo entre países do Mercosul) ou mesmo passaporte, que recuperou após acordo com a Justiça em setembro do ano passado.

"Ele não é um perito em documentos. Teria acreditado que esses documentos [paraguaios com informações adulteradas] lhe foram entregues como cortesia, de maneira honrosa", declarou.

"Eles saíram do avião com rapidez, solicitaram a eles o passaporte, entregaram e tudo começou."

Sérgio Queiroz, advogado que defende Ronaldinho, está no Brasil e contratou Marín e Alcides Cáceres.

Por volta das 21h desta quarta (4), integrantes da Polícia Nacional, do Ministério do Interior e do Ministério Público foram até a suíte onde eles estavam hospedados, no hotel Yacht y Golf Club, em Lambaré, nas proximidades de Assunção.

Lá, afirmam ter encontrado passaportes e cédulas de identidade paraguaias falsas nos nomes de Ronaldinho e Assis.

Eles permaneceram a noite no hotel, sob custódia, e foram à sede da Promotoria contra o Crime Organizado para depor na manhã desta quinta-feira. Os documentos foram apreendidos, assim como celulares.

Os números dos documentos apreendidos pertencem a outras pessoas, segundo o promotor do caso, Federico Delfino, que concedeu entrevista à imprensa paraguaia na manhã desta quinta.

De acordo com ele, o passaporte foi expedido em janeiro deste ano, e as cédulas de identidade, em dezembro do ano passado.

"Foi feita a checagem da documentação e chamou a atenção. Para obter nacionalidade paraguaia ou ser um cidadão paraguaio naturalizado, é preciso estar vivendo durante um tempo no país. E ter um trabalho, todas essas coisas. Ronaldinho é uma pessoa de fama mundial. Os números dos passaportes pertencem a outras pessoas. São passaportes originais, mas com os dados apócrifos", disse Delfino.

Ele declarou que os brasileiros terão de permanecer à disposição da Justiça por tempo indeterminado.

O ex-atleta teria viajado ao Paraguai para o lançamento do livro "Gênio da Vida" e participaria também de eventos beneficentes organizados pela Fundação Fraternidade Angelical. Ele havia sido recebido com festa na chegada ao país, incluindo escolta policial no aeroporto.

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