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Mendes culpa greve dos professores por suspensão de contratos

Sintep pediu ao Governo para que contratos com interinos sejam retomados, mas governador negou

09/04/2020 | 09:15

Mídia News

Mendes culpa greve dos professores por suspensão de contratos

O governador Mauro Mendes: temporários sem contratos durante pandemia do novo coronavírus

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O governador Mauro Mendes (DEM) culpou a greve dos profissionais de Educação, que ocorreu em 2019, pela não renovação dos contratos com os professores interinos das escolas estaduais.

Cerca de 10 mil profissionais interinos (temporários) da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) não terão seus contratos renovados devido a suspensão das aulas da rede estadual de ensino. A paralisação das atividades ocorre por conta da pandemia do novo coronavírus. 

De acordo com Mendes, só não foram renovados contratos de profissionais que atuam em escolas que fizeram parte do movimento paredista daquele ano. Isso porque, as unidades que não aderiram a greve tiveram ano letivo iniciado em fevereiro.

Já as unidades que integraram a greve deveria iniciar o ano letivo em 23 de março, mas devido a dois decretos governamentais, que estabelece medidas para combater o novo coronavírus, o início das aulas foi adiado para o dia 30 de abril.

O protesto durou 75 dias e os profissionais da rede estadual de Educação decidiram pelo fim da paralisação no dia 9 de agosto daquele ano.

“Aquelas escolas que entraram em greve, que terminou o período letivo atrasado, o Governo não assinou o contrato ainda com esses profissionais Ora, se está parado, não começou as aulas, eu vou assinar contratos para mandar o cara para casa?”, questionou Mendes à imprensa, na semana passada.

“As escolas estão paradas. Sabe por que que está parado agora? Por culpa do Sintep, que fez greve no ano passado, porque as escolas que não fizeram greve iniciaram o período de trabalho no mês de fevereiro”, acrescentou.

Conforme MidiaNews revelou, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e a Asssembleia Legislativa criticaram a decisão do Governo.

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), classificou a atitude de Mendes como “injusta” e “desrespeitosa” e pediu a renovação.

Para o governador, atender ao pedido do Legislativo e do Sintep seria incorrer em ato de improbidade administrativa.

“Se fizesse isso estaria rasgando dinheiro público e seria processado pelo Ministério Público por improbidade. E a culpa disso foi da greve do ano passado, porque as escolas que não ficaram em greve estão recebendo”, afirmou.

“Quando reiniciar as aulas, farei questão de assinar esses contratos”, completou.

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