O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo criticou as indefinições envolvendo o Ministério da Saúde, que teve duas demissões de ministros em um menos de um mês em meio à pandemia de Covid-19. Segundo ele, os gestores estaduais têm se sentido "angustiados" com a situação.
O médico cardiologista Nelson Teich pediu demissão do Ministério na sexta-feira (15) e desde então a Pasta está conduzida pelo interino Eduardo Pazzuelo. Teich ficou 27 dias no posto.
Para Figueiredo, sem a definição, o País - que enfrenta a crescente dos números de casos da pandemia do novo coronavírus – fica “à deriva” sem novas conduções efetivas.
“Não é possível que o País fique à deriva sem a nomeação de um ministro. É preciso um novo nome para que ele possa se inteirar o mais rápido possível das necessidades que temos ao enfrentamento”, afirmou.
“A falta de uma condução nacional traz, sim, um estrangulamento à Saúde do País. Isso não é confortável, estamos em meio a uma pandemia”, completou o secretário.
A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (19) em coletiva à imprensa realizada por meio de uma live nas redes sociais.
Saída de Teich
Teich chegou a fazer reuniões virtuais com governadores e secretários de Saúde. Porém, para Figueiredo, o ministro anterior não teve tempo de mostrar ao que veio.
“Foram menos de 30 dias de gestão. A impressão que dá é que o ministro não saiu, ele nem sequer chegou. Não houve tempo sequer para ele constituir uma equipe. Não houve tempo para ele solucionar os problemas que já existiam antes”, disse.
“Torcemos para que um novo ministro consiga acelerar o passo. Porque estamos angustiados com a protelação das decisões tomadas e em especial que nos ajude na ampliação do número de leitos”, completou.
Ele revelou que um dos problemas é que o Ministério da Saúde nesse período chegou a mandar de dez leitos destinados a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) mas sem respiradores.