Os produtores dos municípios do Médio Araguaia já enviaram para abate em 2020 cerca de 180.993 bovinos. A informação é da regional do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso) em Àgua Boa – MT, que compreende os municípios de Água Boa, Campinápolis, Canarana, Cocalinho, Gaúcha do Norte, Querência, Nova Nazaré, Nova Xavantina e Ribeirão Cascalheira
O ritmo de abate, conduto, é menor no ano, em comparativo com 2019, mostrando um reflexo da pandemia do coronavírus no setor de forma regional. No ano passado, que finalizou com 350.813 bovinos enviados para o abate, a média mensal de animais da região indo para os frigoríficos era de 29,2 mil animais, enquanto em 2020 a média está em 23,1 mil/mês.
O reflexo pandêmico fica claro quando verificado o fluxo de animais mês a mês. Em março, quando a Covid-19 começou a dar as caras de forma incisiva no país, os produtores da região enviaram 19.264 animais para abate, uma queda de 32% em relação ao mês de fevereiro. Em abril, quando a pandemia foi declarada e os protocolos de isolamento entraram em vigor, o número de envios para abate caiu ainda mais, para 13.265 animais.
Após o susto inicial do vírus, o ritmo voltou a crescer mês a mês, contudo, sem atingir ainda os patamares de 2019. Em julho, por exemplo, 24.809 animais da região foram pros frigoríficos. Em agosto, somente até o dia 19, o envio já contabilizava quase 20 mil bovinos. Ao pecuarista, além da equalização dos custos de produção frente à um cenário incerto, a preocupação ainda fica no duelo com os frigoríficos por preço, bem como na demanda do mercado, que ainda dá sinais de oscilação frente à pandemia e a queda do poder aquisitivo das famílias.
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