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Suspeitos de dar golpes em empresários de Confresa tem clientes sem receber materiais por mais de um ano, segundo delegado da DERF

O Delegado Bruno Gomes esclareceu informações que vêm de encontro com o que foi dito na nota à imprensa, feito pela defesa dos suspeitos

06/04/2021 | 09:44 - Atualizada em 06/04/2021 | 14:40

Redação Olhar Alerta

Suspeitos de dar golpes em empresários de Confresa tem clientes sem receber materiais por mais de um ano, segundo delegado da DERF

Supostos estelionatários foram presos na tarde de quinta-feira (25 de março).

Foto: Reprodução

Conforme noticiado anteriormente pelo Olhar Alerta, A Polícia Civil por meio da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) de Confresa na manhã de quinta-feira (25 de março) prendeu dois homens suspeitos de aplicar golpes fraudulentos em empresários e comerciantes da cidade.

No sábado (03) foi divulgada uma nota à imprensa, feita pelo advogado de defesa dos acusados - Tiago Ferreira, onde ele afirma, entre outros:
Durante a prisão – que reputamos totalmente ilegal e descabida – e posteriormente durante a audiência de custódia, demonstramos ao Juízo e ao Ministério Público que não fora cometido crimes e que a maioria dos compromissos assumidos pela empresa no município possuem prazo contratual de 6 meses para cumprimento e não estão sequer vencidos.

A redação do Olhar Alerta entrou em contato com o delegado da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos – A DERF - Bruno Gomes, que em entrevista repassou as informações referentes ao início do caso.

Respondendo ao parágrafo do advogado de defesa acima citado, Bruno diz:Após a condução (dos suspeitos à delegacia), aproximadamente 15 pessoas, 15 vítimas que fizeram negócio com os indivíduos, que, aparentemente de maneira fraudulenta, prometeram entregar um trabalho, receberam antecipadamente os valores das vítimas, todavia não cumpriram, até o presente momento. Há vítimas aqui de um ano, de oito meses, de seis meses, há vítimas de três meses, e há vítimas recentes de poucas semanas [...].

O delegado menciona ainda que foram encontradas passagens anteriores por crimes semelhantes em consultas nos sistemas policiais, que os sujeitos fizeram com outras pessoas em outras cidades do estado, e também fora de Mato Grosso.

Bruno contou ainda sobre os próximos passos do processo envolvendo os acusados: Após a lavratura, foi comunicado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público; o flagrante dos dois indivíduos foi homologado, observando-se os pressupostos legais e as garantias constitucionais, e os requisitos da lei para a prisão em flagrante. As vítimas que compareceram serão ouvidas durante o inquérito policial, e ao final o delegado de polícia concluirá pelo indiciamento ou não dos suspeitos.

Ele comentou também sobre a nota à imprensa divulgada pelo advogado de defesa, respondendo o trecho que cita: A empresa confia no Estado Democrático de Direito e nas instituições, no sentido de garantirem a lisura e imparcialidade essenciais em qualquer investigação e eventual processo judicial, em que pese as ações desarrazoadas e desproporcionais tomadas no primeiro momento pela autoridade policial, certamente levada a erro pelos denunciantes caluniosos, que serão responsabilizados.

O delegado respondeu que considerando a manifestação da defesa técnica dos acusados, que aponta que as justificativas não são plausíveis, e vê o argumento do advogado como um caso de ‘ad hominem’, onde alguém procura negar uma proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo. “Isso soa de maneira antiética e desonesta com a atuação da polícia, que busca resguardar o interesse da sociedade, a paz e a segurança pública” disse ele.

Bruno também esclarece que a prisão em flagrante não significa que os suspeitos sejam culpados imediatamente, que no fim da investigação que serão julgados como criminosos ou inocentes.

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