O laboratório chinês planeja contar com até 22 mil voluntários, e mais da metade dessas pessoas devem estar no Brasil.
Foto: Reprodução/Ilustrativa
A Anvisa informou nesta segunda-feira (19) que autorizou o teste de mais uma vacina contra a covid-19. É a SCB-2019, desenvolvida pelo laboratório chinês Sichuan Clover Biopharmaceuticals.
Esse imunizante usa uma técnica inovadora que recombina as proteínas da parte que o coronavírus usa para se prender às nossas células. Essa técnica se chama proteína recombinante de fusão de trímero da espícula. O nome é complicado, mas é como se pegasse a proteína S, que no coronavírus parece uma coroa - e que dá esse nome a ele - e transformasse numa estrutura que parece um ventilador com três pás.
Para alguns cientistas ouvidos pela revista médica The Lancet, essa técnica que cria vacinas a partir de proteínas pode se tornar o padrão para a próxima geração de imunizantes.
A vacina SCB é aplicada em duas doses, com intervalo de 22 dias.
A autorização da Anvisa é para testes clínicos em que parte dos voluntários recebe a vacina e outros recebem um placebo, que é uma substância sem efeitos.
O laboratório chinês planeja contar com até 22 mil voluntários distribuídos entre países da América Latina, África do Sul, Bélgica, China, Espanha, Polônia e Reino Unido. Mais da metade dessas pessoas devem estar no Brasil. Serão 12,1 mil voluntários distribuídos pelos estados do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
Para esta autorização, a Anvisa analisou os dados das etapas anteriores de desenvolvimento da vacina. Entre eles, estudos não clínicos em laboratório e em animais, além de dados preliminares da pesquisa em andamento. De acordo com a agência reguladora, os resultados obtidos até o momento demonstraram um perfil de segurança aceitável das vacinas candidatas.
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