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Desenvolvido em Canarana, Projeto Aldeia Sustentável pode se tornar referência no Brasil

Neste momento está sendo implementado um viveiro na Aldeia Belém, que produzirá as mudas de espécies frutíferas do cerrado para serem plantadas a partir do mês de novembro

05/05/2021 | 08:07

O Pioneiro

Desenvolvido em Canarana, Projeto Aldeia Sustentável pode se tornar referência no Brasil

Xavantes preparam a roça

Foto: Arquivo/OP

A Aldeia Belém, da etnia Xavante, localizada em Canarana-MT, é sede de um projeto piloto dentro do Mato Grosso, chamado de Aldeia Sustentável, que tem vários parceiros na sua implementação como Funai, Empaer, Prefeitura Municipal e IFMT; e que prevê diversas ações, entre elas de fomentar a autonomia alimentar e também o sequestro de carbono.

Na sexta-feira (30), estiveram na cidade de Canarana a coordenadora da AL (Assembleia Legislativa) Social e do Teatro Cerrado Zulmira Canavarros – Daniela Paula Oliveira, que é parceira do projeto; e a diretora geral do Instituto Kurâdomôdo de Cultura Sustentável – Cleide Regina de Arruda, gestora da iniciativa. Elas se encontraram com a secretária municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turístico – Marilei Bier; e com o vereador Rafael Govari.

Conforme Cleide, é um projeto desafiador. “É muito desafiador, mas com todos esses parceiros, com certeza será um sucesso. Inclusive a Funai quer que a gente vá para Brasília apresentar esse projeto lá, com o objetivo de levar para outras aldeias no Brasil”, disse a diretora geral do Instituto Kurâdomôdo.

Neste momento está sendo implementado um viveiro na Aldeia Belém, que produzirá as mudas de espécies frutíferas do cerrado para serem plantadas a partir do mês de novembro. Além de frutas, também será incentivado o plantio de arroz, abóbora, mandioca e o cultivo da apicultura, tanto para consumo dos Xavantes, quanto para venda do excedente.

Para Daniela, o Aldeia Sustentável é diferenciado. “É uma iniciativa de muito ouvido, nada sendo imposto e isso tem trazido dignidade. Temos orgulho de sermos parceiros do projeto, que é pioneiro dentro do Mato Grosso no sequestro de carbono dentro de terras indígenas”, disse a coordenadora da AL Social, explicando que os indígenas receberão uma recompensa pela diminuição nas queimadas, tradicionalmente provocadas para a prática da caça.

Segundo Marilei Bier, a ideia agora é acrescentar outras culturas dentro do projeto e levar o mesmo para as demais aldeias Xavante da Terra Indígena Pimentel Barboza. “O projeto está sendo visto com bons olhos, sendo modelo já no Mato Grosso e queremos levar ele para as 19 aldeias que estão dentro da terra indígena, além de acrescentar outras culturas, como a produção do gergelim orgânico, muito valorizado”, disse a secretária de Desenvolvimento.

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