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Vídeo de policial civil de Canarana agredindo motorista de ônibus viraliza; PJC se manifestou sobre o caso

A briga começou pelo fato de o motorista não utilizar máscara durante a viagem

21/06/2021 | 08:09 - Atualizada em 21/06/2021 | 08:22

Redação Olhar Alerta com Thaísa Santana

Vídeo de policial civil de Canarana agredindo motorista de ônibus viraliza; PJC se manifestou sobre o caso

Momento em que policial aplica um

Foto: Reprodução - Redes Sociais

No fim da semana passada, um vídeo que mostra um policial civil agredindo um motorista de ônibus viralizou nas redes sociais, o que gerou diversas críticas à atuação do agente, bem como ao motorista, visto que a briga teria sido motivada pela falta do uso de máscara de proteção facial.

Conforme apurou o site Olhar Alerta, nas imagens, é possível ver o policial aplicando um golpe conhecido como “mata-leão”, sufocando o motorista, que não revida.

Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil informou que o policial com sua esposa viajou de Barra do Garças com destino à Canarana, e que desde o início do trajeto percebeu a falta do uso da máscara de proteção facial por parte do motorista, bem como de 70% dos passageiros. Foi solicitado, por mais de uma vez, que ele a colocasse, contudo, o funcionário dizia que não possuía a máscara. Mesmo após as paradas de ônibus nas rodoviárias, o motorista não pedia para a empresa o equipamento de proteção. Ao chegar em Canarana, foi solicitado o documento do motorista para que fosse lavrada a multa por descumprimento da lei do uso obrigatório de máscaras durante a pandemia. O motorista se negou e tentou resistir, neste momento, o policial utilizou de técnicas de imobilização pessoal. 

A assessoria informou ainda que q Polícia Judiciária Civil irá apurar o caso por meio da Corregedoria Geral.

NOTA À IMPRENSA:

"A Polícia Civil de Mato Grosso comunica que a Corregedoria-Geral da instituição apura a situação em que dois policiais civis a paisana aparecem em um vídeo aplicando técnicas de abordagem policial contra um motorista de ônibus intermunicipal que estaria realizando o trajeto de Barra do Garças a Canarana sem o devido uso de máscara facial, utilizada para prevenção da Covid-19.

Segundo as informações preliminares, o investigador lotado na Delegacia de Canarana e a esposa retornavam de uma viagem ao nordeste do país, e compraram passagem de uma empresa de transportes com embarque em Barra do Garças para retornar para Canarana.

Antes do embarque, o policial e a sua esposa (que já foram infectados e tiveram sequelas em decorrência da doença) solicitaram à empresa que algum funcionário recomendasse que todos que estivessem no interior do ônibus fizessem o uso da máscara, uma vez que o motorista e 70% dos passageiros não utilizavam o equipamento de proteção.

O pedido foi atendido, porém mesmo com a orientação do funcionário, o motorista iniciou a viagem de aproximadamente cinco horas em ambiente fechado, sem fazer o devido uso da máscara facial. Durante o trajeto foi solicitado que o motorista colocasse a máscara, e diante da negativa o policial produziu fotos do motorista, que mesmo durante as paradas nas cidades não adquiriu uma máscara.

Na chegada de Canarana foi solicitado que o motorista se identificasse para que fosse lavrada multa por descumprimento a Lei 11. 316 de 2021, que dispõe das medidas farmacológicas para evitar a disseminação do coronavírus.

Diante da negativa do condutor em fornecer os seus documentos pessoais para sua devida identificação, foi informado que ele deveria acompanhar a equipe até a Delegacia de Canarana, uma vez que não estava apenas descumprindo uma norma sanitária, mas também cometendo uma infração penal por não fornecer informações para sua devida qualificação.

Um segundo policial civil estava no local, momento em que o motorista apoiou-se em uma grade para tentar resistir a abordagem, sendo utilizada a técnica de imobilização pessoal. O vídeo de alguns segundos que circula nas redes sociais mostra apenas o momento da abordagem policial, não ficando clara a situação como um todo.

Diante dos esclarecimentos do motorista e da informação da empresa de que não havia outro profissional para conduzir o ônibus no restante da viagem, o condutor foi liberado, sendo lavradas multas de R$ 500 ao motorista e R$ 10 mil à empresa de transportes.

O vídeo foi encaminhado para a Corregedoria-Geral da Polícia Civil que irá apurar como os fatos ocorreram e se houve algum excesso na atuação dos policiais."

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