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Variante Delta da Covid-19 aumenta risco de reinfecções

Segundo o documento, apenas uma dose de vacina Pfizer ou Astrazeneca é insuficiente ou nada eficiente contra a variante

13/07/2021 | 08:38

Rádio Agência Nacional

Variante Delta da Covid-19 aumenta risco de reinfecções

Cepa da nova variante analisada em microscópio

Foto: Débora Barreto/Fiocruz

Um artigo publicado na revista científica Nature, na última semana, aponta que a variante Delta consegue sim escapar da ação de alguns anticorpos que o organismo produz após infecção ou mesmo vacinação contra a covid-19.

Segundo o documento, apenas uma dose de vacina Pfizer ou Astrazeneca é insuficiente ou nada eficiente contra a variante. Mas após a segunda dose, mais de 95% dos indivíduos neutralizaram as quatro cepas pesquisadas.

Outro estudo, publicado em junho na revista científica Cell e com participação da Fiocruz, aponta que a variante Delta do novo coronavírus pode aumentar o risco de reinfecções. A pesquisa aponta que o soro de pessoas previamente infectadas por outras cepas é menos potente contra esta variante viral. O soro de pessoas vacinadas também tem potência reduzida, mas os dados apontam que as vacinas continuam efetivas.

Diante dos estudos que indicam a necessidade de duas doses para uma proteção efetiva, alguns estados começaram a adiantar a aplicação da segunda dose de vacinas. Caso do Piauí, que reduziu de 90 para 70 dias de intervalo e também, Santa Catarina. Em nota, a secretaria de saúde catarinense informou que a antecipação se deu com o intuito de organizar o processo de vacinação e de evitar o atraso no período recomendado para a aplicação das doses da Astrazeneca.

Para o médico Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, o momento não é ideal para fazer mudanças no esquema vacinal. Para ele, com a diminuição do intervalo, se reduz a velocidade de imunização de novos grupos.

De acordo com a Fiocruz, até o momento no Brasil, infecções causadas pela variante Delta foram diagnosticadas em viajantes no Maranhão, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Goiás. Diversas pesquisas apontam que a cepa possui velocidade de transmissão mais rápida.

O Ministério da Saúde declarou em nota que acompanha a evolução das diferentes variantes do coronavírus no país e está atento a possibilidade de alterações no intervalo recomendado entre doses das vacinas em uso no Brasil. Mas no momento, após discussão do tema na Câmara Técnica de Imunizações, o parecer foi a de manutenção deste intervalo. Aproveitou para reforçar a importância de completar o esquema vacinal da covid-19 para que o caráter pandêmico da doença seja superado.

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