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Funai e parceiros promovem curso de operação de tratores agrícolas para indígenas no Xingu

A área de atuação desta unidade descentralizada da Funai abrange, aproximadamente, 8 mil indígenas

08/10/2021 | 07:53

Redação Olhar Alerta

Funai e parceiros promovem curso de operação de tratores agrícolas para indígenas no Xingu

O curso ocorreu entre os dias 20 de setembro e 1 de outubro

Foto: Reprodução

Um grupo de dez indígenas Yawalapiti, Kamayurá e Waurá concluiu o curso de operação e manutenção de tratores agrícolas voltado para etnias do Parque Indígena do Xingu (MT). O treinamento atendeu a um pedido de comunidades indígenas xinguanas e foi promovido por uma parceria entre a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e o Sindicato Rural do município de Gaúcha do Norte (MT).

A capacitação ocorreu entres os dias 20 de setembro e 1º de outubro e foi realizada na Aldeia Kamitatuwalo, Terra Indígena Batovi. Por meio da Coordenação Regional (CR) Xingu, unidade descentralizada em Canarana (MT), a Funai forneceu tratores, carretas e grades aradoras para as aulas práticas; prestou acompanhamento técnico e apoiou o deslocamento de indígenas das aldeias Tsekuru e Morena até o local do curso. Por sua vez, o Senar-MT ministrou as aulas teóricas e práticas e providenciou o transporte do maquinário entre a cidade de Cuiabá e a aldeia no município de Gaúcha do Norte, distante cerca de 540 quilômetros da capital mato-grossense.

Segundo o coordenador regional do Xingu, Gleiky Magalhães, o Senar-MT também demonstrou interesse em prestar apoio técnico para a elaboração de um projeto voltado à introdução da lavoura mecanizada em uma área degradada da Terra Indígena Batovi. “Tanto o Senar-MT quanto o Sindicato Rural de Gaúcha do Norte são parceiros importantes no que diz respeito à atuação da Funai, que tem buscado entender qual é o melhor caminho para a geração de renda nas comunidades indígenas da região”, afirma Magalhães. 

O chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial (Segat/CR Xingu), André Luiz Schilling, afirma que a Nova Funai abriu um horizonte de perspectivas para os indígenas empreenderem dentro de suas terras. “Nesse sentido, o envolvimento das entidades parceiras foi fundamental para darmos o primeiro passo com a promoção deste curso. No futuro avançaremos de maneira qualificada para atender as demandas de apoio técnico dos indígenas xinguanos”, destaca Schilling. 

Já a cacique da Aldeia Kamitatuwalo, Kanaiu Waurá, salientou a possibilidade de os indígenas terem acesso ao aprendizado técnico por meio do treinamento. “Em nome dos participantes dos cursos, agradeço à Funai e aos demais órgãos envolvidos que deram a oportunidade para eu e nossos parentes indígenas aprender as técnicas de uso do maquinário agrícola. A gente quer plantar milho e arroz para termos a nossa própria autonomia e liberdade. Além disso, o curso também está ensinando os jovens a aprenderem um trabalho”, disse Kanaiu Waurá. 

O Supervisor do Senar-MT da Regional de Querência, Kleber Muller, esteve presente no local junto a representantes da Funai. Segundo ele, a parceria foi primordial para que a comunidade possa se desenvolver na agricultura. “Esse curso foi muito importante, porque eles aprenderam a operar o equipamento desde o básico. Queremos ofertar outras capacitações para atender a demanda tanto dessa aldeia quanto das demais aldeias na região leste, que também pretendem iniciar plantios com maquinários”.

Atuação da Funai 
 
Criada em 1989, a Coordenação Regional Xingu atua junto aos povos indígenas das etnias Aweti, Ikpeng, Kalapalo, Kamayurá, Kawaiwete, Kisêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukwá, Naruvôtu, Tapayuna, Trumai, Wauá, Yawalapiti e Yudjá. A unidade é responsável por coordenar e monitorar a implementação de ações de proteção e promoção dos direitos de populações indígenas na região do Xingu, estado de Mato Grosso. 

A área de atuação desta unidade descentralizada da Funai abrange os municípios de Canarana (MT), Feliz Natal (MT), Gaúcha do Norte (MT), Marcelândia (MT), Nova Ubiratã (MT), Paranatinga (MT), Querência (MT), São Félix do Araguaia (MT) e São José do Xingu (MT), onde vivem aproximadamente 8 mil indígenas.

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