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AMM vê pressão na Saúde e pede suspensão de Carnaval em MT

Presidente diz que dinheiro de festa pode ser aplicado em áreas essenciais; decisão cabe a prefeitos

14/01/2022 | 10:07

Mídia News

AMM vê pressão na Saúde e pede suspensão de Carnaval em MT

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga

Foto: Reprodução

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, pediu que as cidades de Mato Grosso cancelem festas públicas de Carnaval diante da nova escalada no número de casos da Covid e também da proliferação da Influenza. Uma orientação foi emitida às 141 prefeituras do Estado. 

A entidade vê risco de colapso do sistema público de saúde em razão da alta no número de internações. A decisão final fica a cargo dos prefeitos. 

“A Influenza está pegando pesado, os sintomas dela são parecidos com os sintomas da Covid e termina fazendo uma pressão no sistema hospitalar público”, disse.

“A grande preocupação que temos é você não ter mais leitos de UTI disponíveis e acontecer como no passado, que pessoas morreram por falta de atendimento médico, porque não tinha leitos de UTI vagos”, acrescentou. 

Nesta semana, a disponibilidade de leitos Covid no Estado chamou a atenção. Conforme boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), a taxa de ocupação saltou da casa dos 50% para 70% no intervalo de poucos dias. 

A AMM já havia orientado as prefeituras a não realizar festas de fim de ano, o que foi ignorado por algumas, como Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuaibá), que viu o número de doentes aumentar após o Réveillon. 

Agora, uma nova orientação foi expedida e, segundo Neurilan, muitos gestores municipais já comunicaram que irão se abster de realizar festas públicas de Carnaval. 

“A recomendação nossa é de que nenhum município de Mato Grosso faça Carnaval. Mas é lógico, evidente, que a decisão é do gestor”, pontuou. 

Economia e investimento 

O presidente salientou que, em sua opinião, a decisão dos prefeitos também deve levar em conta a parte econômica dos municípios. Isso porque o dinheiro não gasto com a realização de festas em um momento como esse pode ser usado para investimento em outra áreas mais necessárias.

“Festa é bom, mas é algo passageiro, o povo aproveita por dois ou três dias e depois não tem mais, acabou. Enquanto que, se você pega esse dinheiro e faz uma quadra de asfaltamento, aquilo ali é permanente”, disse. 

“Hoje a população quer resultado na saúde, na educação, na pavimentação urbana das ruas da cidade, na limpeza, na iluminação pública, nas estradas”, afirmou. 

Para Neurilan, os prefeitos deveriam deixar eventos de Carnaval nas mãos da iniciativa privada. 

“Tem situações que o município precisa ter um caminhão para coletar o lixo e não tem. E de repente o gestor faz uma festa que custa mais do que gastaria para comprar aquele caminhão, porque a população pediu festa, porque brasileiro gosta de festa. A gente tem que ponderar, principalmente nesse momento”, completou.

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