Sexta-feira, 26 de abril de 2024
informe o texto

Notícias | Brasil/Mundo

Medalha do Mérito Indigenista é entregue a autoridades, indígenas e servidores em Brasília

A cerimônia foi realizada nesta sexta-feira (18), no Salão Negro do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)

21/03/2022 | 07:06

Redação

Medalha do Mérito Indigenista é entregue a autoridades, indígenas e servidores em Brasília

Foto: Ascom Funai

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, participaram da entrega da Medalha de Honra ao Mérito Indigenista para 26 autoridades, entre elas, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e diversos ministros de Estado, por seus recentes e relevantes trabalhos em favor das comunidades indígenas brasileiras. Lideranças indígenas e servidores também foram agraciados. A cerimônia foi realizada nesta sexta-feira (18), no Salão Negro do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em Brasília.

 A Fundação concede a comenda desde 1972, ano em que foi instituída por meio do Decreto 71.258, de 13 de outubro. Desde então, mais de 100 personalidades já receberam a medalha.

O presidente Jair Bolsonaro interagiu com as crianças indígenas presentes na cerimônia, citou que elas “são o futuro do Brasil” e destacou a interação deste governo com os indígenas. "Me sinto muito feliz com este cocar graciosamente ofertado. Somos exatamente iguais. Todos nós viemos à terra pela graça de Deus. Cada vez mais nos transformamos em iguais e isso não tem preço. O que nós sempre quisemos foi fazer com que vocês [indígenas] se sentissem exatamente como nós. Queremos que vocês façam das suas terras exatamente o que fazemos com as nossas", afirmou o presidente.

Em sua fala, o ministro Anderson Torres ressaltou que o Governo Federal trabalha para corrigir erros de décadas e solucionar problemas históricos. “É leviano quem diz que há um desmonte das ações em prol dos indígenas. Pelo contrário. Nós ampliamos as atividades de fiscalização, demos andamento a centenas de operações, durante a pandemia da covid-19 realizamos inúmeras ações e, com isso, 95% dos indígenas do país foram salvos. Nós trabalhamos para assegurar o direito dos indígenas, e é isso que vamos seguir fazendo”, destacou o ministro.

Já o presidente da Funai, Marcelo Xavier, pontuou a importância de o indígena exercer sua autonomia, decidindo o rumo que irá seguir, sem intermediários ou políticas públicas pautadas em posturas ideológicas. “Nosso esforço diário na Funai tem sido o de impulsionar as atividades produtivas nas aldeias, contribuindo para que os indígenas melhorem de vida e alcancem a autossuficiência econômica. Seguiremos firmes no propósito de levar dignidade às aldeias, por meio de um trabalho sério, comprometido e pautado no interesse público. Assim, esperamos caminhar para uma nova realidade: na qual os indígenas sejam, de fato, protagonistas da própria história”, assinalou Xavier.

Indígenas das etnias Xavante, Suruí, Haliti-Paresi, Macuxi, Kamayurá e Kalapalo foram agraciados com a medalha, como reconhecimento pela busca por autonomia, protagonismo e desenvolvimento, bem como por melhores condições de vida em suas comunidades, com apoio do Governo Federal.

Na abertura da cerimônia, a Orquestra de Músicos Indígenas Xavante, integrantes do projeto Banda Mirim, da Polícia Civil do Mato Grosso, executou o Hino Nacional Brasileiro sob a regência do maestro Simeão Moisés Santos Ribeiro. Amostras de itens produzidos pelos indígenas, como café da etnia Suruí e castanha dos Cinta Larga, foram expostos no Salão Negro e, após, entregues às autoridades presentes, como forma de apresentar o resultado do incentivo ao etnodesenvolvimento.

O presidente Jair Bolsonaro visitou as exposições de produtos e artes e tirou fotos com os indígenas no local. Após, foi homenageado pela Orquestra com uma performance musical. O encerramento da cerimônia foi marcado pela apresentação da dança tradicional da etnia Haliti-Paresi, reforçando a importância e a riqueza da cultura indígena.

Para o cacique Gerson Warawe, da etnia Xavante, receber a Medalha de Honra ao Mérito Indigenista é motivo de orgulho e traz a certeza de que os indígenas estão no rumo certo. “Nós batalhamos muito para vencer, para trazer melhores condições de vida para as nossas comunidades. Receber essa medalha é motivo de muita felicidade, de reconhecimento por tantos anos de luta”, afirma o cacique.

Liderança da etnia Macuxi e presidente da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima (Sodiurr), Irisnaide Macuxi salientou o compromisso do Governo Federal com os indígenas e lembrou da busca por autonomia. “Hoje eu recebo essa medalha com muita emoção e felicidade, mas divido ela com toda a minha comunidade. Hoje o mérito é de todos nós, que nos empenhamos para alcançar nossos objetivos. É uma honra muito grande estar aqui representando tantas pessoas importantes na nossa história. Ainda temos muito para avançar e vamos seguir lutando para que os indígenas, cada vez mais, conquistem sua autonomia e independência”, pontua.

Lideranças das etnias Bakairi, Baniwa, Cinta Larga, Fulni-ô, Guajajara, Kaiabi, Kaingang, Kalapalo, Kamayurá, Kayapó, Macuxi, Paresi, Suruí, Terena, Tukano, Umutina, Xavante, Xucuru e Yawalapiti também participaram da cerimônia, além de autoridades convidadas e servidores da Funai.

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet