O governador Mauro Mendes (União Brasil) entregou ao Tribunal de Contas do Estado, nesta segunda-feira (11), o balanço de 2021 das contas do Governo de Mato Grosso. Ele afirmou que os números apontam “uma excelente evolução da gestão pública”.
Apesar de citar a recuperação fiscal do Estado desde que assumiu o mandato em 2019, Mendes negou que espera uma aprovação sem ressalvas por parte do Pleno. Ele disse acreditar que “sempre há coisa para melhorar”.
“Não há nada que seja tão perfeito que não possa ser melhorado. Estamos longe de querer ter uma perfeição na gestão, mas podemos dizer claramente que existe uma excelente evolução da gestão pública no Governo de Mato Grosso. Isso pode ser visto nos números e indicadores”, afirmou.
Mendes lembrou a deterioração das contas públicas enfrentada pelo Governo três anos atrás, com salários de servidores atrasados e dívidas com mais de 11 mil fornecedores. E apontou que hoje a gestão consegue fazer “robustos investimentos” em todas as áreas.
“De lá para cá, todos nossos indicadores têm melhorado sucessivamente. Conseguimos zerar grande parte das dívidas atrasadas, o Governo vem melhorando os indicadores fiscais em todas as áreas, tanto que passamos da nota C para nota A no Tesouro Nacional”, disse.
Com as contas em azul, o governador negou que haja sobra de dinheiro em caixa.
“Dinheiro não sobra. Na Administração Pública, a partir do momento que você faz um empenho, você tem o dever de ter disponibilidade financeira, do contrário gera restos a pagar sem ter previsão de caixa, o que seria uma imprudência sob ponto de vista das contas públicas, pois geraria um déficit a descoberto”, explicou.
Análise das contas
As contas ficarão sob relatoria do conselheiro Valter Albano. Segundo o presidente do TCE, conselheiro José Carlos Novelli, a previsão é de que o relatório seja apreciado e votado pelo Pleno em até 60 dias.
À imprensa, Novelli pontuou que a Corte de Contas já acompanhou o balanço feito pelo Executivo na Assembleia Legislativa, mas que na ocasião o enfoque foi nas realizações governamentais e que, agora, os auditores se debruçam sobre a aplicação dos recursos públicos em todas as áreas do Estado.
“O resultado em termos de obras físicas é expressivo, a sociedade acompanha e nós conselheiros e os auditores também. Mas agora vamos analisar a aplicação devida dos recursos públicos”, afirmou.
Ele prevê que o posicionamento da Corte de Contas deva ser favorável, em razão dos balanços anteriores.
“Acreditamos que, como nos anos anteriores o governador apresentou balanços compatíveis, esse não vai estar fora. Mesmo porque os nossos auditores já fazem acompanhamento simultâneo e os resultados financeiros são visíveis”, disse.
As outras contas de Governo, de 2019 e 2020, foram aprovadas pelo TCE-MT.
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