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Recuperação de rebanho suíno chinês já impacta produção de soja

Relatório da hEDGEpoint Global Markets aponta que cenário de proteína animal vem aquecendo após quase quatro anos de estabilidade

04/05/2022 | 16:12

Canal Rural

Recuperação de rebanho suíno chinês já impacta produção de soja

Foto: Reprodução

Com a recuperação mais rápida do que o esperado no rebanho de suínos, o mercado chinês foi levado a um ponto de excesso de oferta e os preços, além das margens de lucro, caíram significativamente. Esse cenário vem evoluindo desde meados de 2021, mas chegou ao ponto em que a reversão do plantel já impacta o mercado de ração. A análise provém de relatório da hEDGEpoint Global Markets desta semana. 

“A produção chinesa de suínos é um dos principais motores da demanda mundial de soja e milho”, observa o analista de Grãos e Proteínas da companhia, Pedro Schicchi. “Além disso, desde o início da Peste Suína Africana (PSA), o déficit nos rebanhos chineses vinham sendo a causa do crescimento das exportações de carnes no Brasil e nos Estados Unidos”, acrescenta.

Segundo o relatório, a reversão do crescimento do rebanho normalmente não é possível no curto prazo, o que explica porque se demorou tanto para que as margens baixas de suínos afetassem o restante da cadeia. “No entanto, agora chegamos ao ponto em que as margens de abate e esmagamento de soja estão sendo afetadas”, reforça Schicchi.

Mercado aquecendo

Uma variável chave para a demanda mundial de soja e milho é o mercado de carnes, de acordo com o especialista. Por esta razão, é importante entender os fatores que têm influenciado esse segmento e as perspectivas para a demanda por ração.

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Na semana passada, relatório da hEDGEpoint mencionou o cenário ruim dos produtores de suínos na China. “Agora, dado o menor apetite chinês por importar carne, sendo a suína especialmente (se não a única) afetada, Brasil e EUA veem o cenário de mercado de proteína animal aquecendo após quase quatro anos de estabilidade”, afirma Schicchi. 

No geral, a perspectiva ainda é levemente baixista para o consumo de ração, mas isso pode ser compensado pelos déficits causados pela guerra na Ucrânia e um menor nível de produção de ração nos Estados Unidos.

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