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TCE propõe que MT crie poupança para reduzir "agrodependência"

Fundo poderia impulsionar industrialização e melhorar distribuição de renda, diz conselheiro

09/05/2022 | 09:55

Mídia News

TCE propõe que MT crie poupança para reduzir

O conselheiro do TCE-MT, Antônio Joaquim

Foto: Reprodução

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) sugeriu ao Governo de Mato Grosso a criação de um Fundo Soberano que auxiliaria a reduzir a dependência que o Estado tem do agronegócio, diminuindo o impacto em caso de uma eventual crise futura. 

A recomendação foi feita ao Executivo após auditoria operacional nas receitas estaduais que apontaram algumas fragilidades. A fiscalização, segundo o relator, conselheiro Antônio Joaquim, visou o apontamento de melhorias dos mecanismos do Estado. 

Um ponto evidenciado na auditoria foi o paradoxo de o Estado ser líder na produção agrícola e recordista em arrecadação, ficando em 13º lugar entre os PIBs do Brasil, mas ter alta concentração fundiária e má distribuição de renda, com quase 1/5 da população dependente de auxílios do Governo, como o Bolsa Família.

Ao MidiaNews, Antônio Joaquim explicou que não se trata de uma crítica simples ao agro – ou à dependência que a economia do Estado evidentemente tem desse setor -, mas da necessidade de achar uma forma alternativa de melhorar a distribuição de renda e geração de emprego usando o agro como alavancador. 

“Nos últimos dezoito anos, Mato Grosso cresceu em média bem mais que o Brasil. Isso é fruto do crescimento do agro. Mas não adianta ficar criticando o agro, que é um modelo concentrador tanto de recursos quanto no aspecto fundiário”, disse. 

“O que as autoridades públicas devem fazer, na nossa opinião, é criar algum tipo de mecanismo para poder estimular de forma contundente a indústria do agro. Não há outro caminho na macroeconomia do Estado que não seja a industrialização do agro para poder gerar renda e emprego”, explicou. 

O conselheiro explicou que o agronegócio é a vocação de Mato Grosso, mas que se o Estado insistir em se manter exclusivamente como exportador de commodities sem nenhum tipo de outra iniciativa, por exemplo, de agregar valores a esses produtos ou industrialização para movimentar a economia, pode acabar em uma situação desagradável para população no futuro – com riquezas e terras concentradas nas mãos de poucos. 

“Se ficarmos dependendo só do agro, da exportação de commodities, Mato Grosso vai sempre ser um estado rico, com PIB alto, renda per capita alta e com um povo que não vai ter acesso a essa riqueza”, afirmou. 

Segundo o relator, o êxito da industrialização do agro se daria por meio não apenas da exportação dos produtos primários – como o milho, por exemplo –, mas de seus derivados, já pegando um gancho na melhoria da logística no Estado com o aumento da malha ferroviária prevista para os próximos anos.

Ao MidiaNews, Antônio Joaquim explicou que não se trata de uma crítica simples ao agro – ou à dependência que a economia do Estado evidentemente tem desse setor -, mas da necessidade de achar uma forma alternativa de melhorar a distribuição de renda e geração de emprego usando o agro como alavancador. 

“Nos últimos dezoito anos, Mato Grosso cresceu em média bem mais que o Brasil. Isso é fruto do crescimento do agro. Mas não adianta ficar criticando o agro, que é um modelo concentrador tanto de recursos quanto no aspecto fundiário”, disse. 

“O que as autoridades públicas devem fazer, na nossa opinião, é criar algum tipo de mecanismo para poder estimular de forma contundente a indústria do agro. Não há outro caminho na macroeconomia do Estado que não seja a industrialização do agro para poder gerar renda e emprego”, explicou. 

O conselheiro explicou que o agronegócio é a vocação de Mato Grosso, mas que se o Estado insistir em se manter exclusivamente como exportador de commodities sem nenhum tipo de outra iniciativa, por exemplo, de agregar valores a esses produtos ou industrialização para movimentar a economia, pode acabar em uma situação desagradável para população no futuro – com riquezas e terras concentradas nas mãos de poucos. 

“Se ficarmos dependendo só do agro, da exportação de commodities, Mato Grosso vai sempre ser um estado rico, com PIB alto, renda per capita alta e com um povo que não vai ter acesso a essa riqueza”, afirmou. 

Segundo o relator, o êxito da industrialização do agro se daria por meio não apenas da exportação dos produtos primários – como o milho, por exemplo –, mas de seus derivados, já pegando um gancho na melhoria da logística no Estado com o aumento da malha ferroviária prevista para os próximos anos.

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