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Tribunal manda soltar adolescente que atirou e matou amiga

Adolescente estava internada no Complexo do Pomeri desde janeiro do ano passado

09/06/2022 | 09:38

Mídia News

Tribunal manda soltar adolescente que atirou e matou amiga

A adolescente Isabele Guimarães (detalhe), morta pela amiga no Condomínio Alphaville

Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça determinou a soltura da adolescente que atirou e matou a amiga Isabele Ramos em julho de 2020, no Condomínio Alphaville, em Cuiabá. 

A decisão, em um recurso de apelação da defesa, foi dada durante sessão da Terceira Câmara Criminal na tarde desta quarta-feira (8). O processo corre em segredo de Justiça. 

A adolescente estava internada no Complexo Pomeri, em Cuiabá, desde o dia 19 de janeiro de 2021, após ser condenada a 3 anos de internação por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar. 

Conforme apurou o MidiaNews, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal mudaram o entendimento sobre o caso, alterando o crime de homicídio doloso para culposo, quando não há intenção de matar. Em razão desta mudança, determinaram então a soltura da menor. 

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que a Pasta já foi notificada da decisão sobre a soltura da adolescente. 

Ela deve ser liberada entre hoje a noite e amanhã (9) de manhã. 

O caso 

Isabele Ramos, então com 14 anos, morreu com um tiro no rosto dentro de um banheiro na casa da amiga. 

A tragédia aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que foi trazida pelo genro, de 17 anos, no quarto principal no andar de cima. 

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no caminho, porém, a garota desviou e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, conforme a denúncia, ela encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma. 

A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura. 

Os pais da atiradora respondem um processo separado pelo caso. 

Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores. 

O ex-namorado dela foi condenado a prestar seis meses de serviços comunitários por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo.

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