O deputado federal Neri Geller (PP), pré-candidato ao Senado Federal, afirmou que recebeu uma ligação do governador Mauro Mendes (União Brasil) na manhã desta terça-feira (2) comunicando que fechou acordo para apoiar a reeleição do senador Wellington Fagundes (PL).
Desta forma, a proposta de “palanque aberto” ao Senado ficaria sepultada. Com a informação, Neri Geller, que tem a pré-candidatura apoiada pela federação de esquerda (PT, PV e PCdoB), afirmou que apoiará um nome ao Governo que for lançado pelo grupo.
“O Mauro ligou para mim hoje, falou que iria coligar com o PL. Portanto, agora acabou meu compromisso com ele. E o que nosso grupo definir, alinhado com a federação, terá o meu apoio para o Governo", afirmou o deputado.
Uma reunião entre o deputado e dirigentes da federação de esquerda está agendada para ocorrer no fim da tarde desta terça-feira, no Palácio Alencastro.
Atualmente, a federação não possui nomes lançados para enfrentar Mendes nas urnas. Entre os cotados está a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV).
Também voltou ao cenário o nome do senador Carlos Fávaro (PSD). O parlamentar chegou a anunciar que não disputaria a eleição para governador. Ocorre que o presidente do PT em Mato Grosso, deputado Valdir Barranco, disse que o ex-presidente Lula (PT) iria ligar para o senador para tentar convencê-lo do contrário.
No início de agosto, Fávaro e Neri foram até Brasília e anunciaram apoio ao PT e a candidatura à presidência de Lula. A aliança foi vista como “traição” por parte de setores do agro. Além disso, aliados do governador também interpretaram o movimento como “traição”.
As definições sobre as candidaturas devem ocorrer até a sexta-feira (5), quando encerra os prazos para as convenções partidárias.
No final da tarde, o governador divulgou nota negando o teor da conversa. Leia abaixo:
"O governador Mauro Mendes confirmou que conversou com o deputado federal Neri Geller, sobre palanque aberto e coligações para as eleições de 2022. Durante o telefonema, Mauro contou que explicou a Neri como funcionaria o palanque aberto.
“Disse a ele que a coligação seria dos partidos com o União Brasil. Pois não haveria lógica não ter a coligação com todos. Contudo, em momento algum afirmei que teria fechado com senador A ou B”, explicou o governador.
O partido mantém as tratativas com seu grupo político para as convenções que acontecem no próximo dia 5, sexta-feira, e o diálogo continua."