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Notícias | Mato Grosso

Filha: "Ele estava curtindo, e nós não dormíamos, nem comíamos"

Conforme a família, Evandro Rodrigo Rucker estava em uma pousada em São José do Rio Claro

11/08/2022 | 08:19

Mídia News

Filha:

Evandro Rodrigo Rucker, de 41 anos, em vídeo a amigo

Foto: Reprodução

Enquanto parentes e amigos mobilizavam a cidade de Sinop acreditando que o empresário Evandro Rodrigo Rucker, de 41 anos, havia sido sequestrado, ele “relaxava” em uma pousada em São José do Rio Claro. Segundo a família, na companhia de uma amante. 

A jovem Julia Alcântara, de 19 anos, filha do empresário, falou sobre o caso em uma rádio local e disse estar muito envergonhada com toda a situação. 

“Eu sou a filha do Evandro que estava supostamente desaparecido. Confesso que, no momento, eu sinto até vergonha de dizer isso. Nossa família está muito envergonhada, muito abalada com tudo que aconteceu”, disse. 

Evandro foi dado como desaparecido no último sábado (6) em Sinop, após ficar incomunicável. Ele voltou ao Município na segunda-feira, como se nada tivesse acontecido. Chamou a atenção a postura adotada pelo empresário diante da confusão. 

A um amigo ele enviou um vídeo informando que tudo não havia passado de um mal entendido. Na imagem, feita de dentro de um carro, ele segura uma latinha de cerveja nas mãos enquanto diz: “Tomando uma aqui, segunda-feira, começando a semana”. 

“Tamo de boa, só um perdido só no final de semana, mas não dá nada não, depois nóis conversa com a mulher e resolve tudo”, prossegue. Ele afirma que “quando a cabeça pesa” é preciso “dar uma desestressada”. 

O vídeo é finalizado com uma espécie de brinde em que Evandro oferecendo a cerveja ao amigo: “Vai uma?”. 

Ainda muito abalada, Júlia criticou o comportamento do pai. “Ele estava lá curtindo, como ele disse, ‘deu perdido’ na família de três dias. Nesses três dias nós ficamos sem dormir e sem comer, acionamos polícia, delegado, investigador, tudo que foi possível”. 

Diante da suspeita de um sequestro, com direito a falso pedido de resgate feito por uma pessoa que se aproveitou do desespero, a família pensou que o pior pudesse ter acontecido. 

“Achamos que ele realmente estava desaparecido. Recebemos mensagem dizendo que ele tinha sido sequestrado, e estavam pedindo resgate, depois tivemos a informação de que o cartão dele tinha sido passado”. Segundo Julia, tudo levava a crer nessa hipótese.   

O chá de sumiço 

Evandro e a esposa, Nill Alcântara, são empresários do ramo de acessórios para caminhões e juntos têm várias lojas no Município. 

Naquele dia, Evandro finalizou o expediente como em outro dia qualquer.  Ele recolheu a movimentação das lojas e saiu para realizar os depósitos, o que corroborou com a hipótese de um possível sequestro. 

Antes de “desaparecer do mapa”, ele deixou uma mensagem à família como se estivesse se despedindo e depois desligou o celular, ficando incomunicável. 

Na manhã do dia seguinte, sem a volta ou qualquer contato de Evandro, a família começou a divulgar a sua foto em busca do seu paradeiro. 

Depois disso é que veio o falso pedido de resgate, de alguém usufruindo das informações repassadas pela família. 

Conforme apurou a reportagem, em desespero a família acionou a Polícia e, inclusive, um investigador especializado em casos de sequestro. 

Júlia conta que descobriram que o cartão do pai havia sido passado na pousada, em São José do Rio Claro. 

Em um primeiro contato, eles confirmaram a presença do empresário em companhia de uma mulher. Depois teriam negado e dito que outro homem havia passado o cartão. 

A família chegou a ir até o local e, mesmo com um ofício em mãos que garantia o repasse de informações diante da situação, o estabelecimento teria se negado a colaborar. “Fomos mal tratadas”, afirmou a jovem. 

“Quando chegamos lá [na pousada], ele já estava aqui em Sinop gravando videozinho, tirando onda com a nossa cara”, diz a filha. 

Ela classificou como triste a situação vivenciada pela família e chegou a dizer que “ele não merece a família que ele tem”. 

“O que a minha mãe fez, mulher nenhuma nesse mundo faria, ela moveu céus e terras, o que ela não podia fazer ela fez pra encontrar o meu pai”, alegou. 

Segundo a Polícia Civil, não houve crime por nenhuma das partes.

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