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18/11/2019 | 09:33

Mato Grosso lidera na morte de trans e travestis no Brasil, aponta pesquisa

Mato Grosso é o estado mais mata pessoas transsexuais a cada 100 mil habitantes, de acordo com o Dossiê dos Assassinatos e da Violência contra Travestis e Transexuais no Brasil em 2018. No estado, a taxa é de 12,03, enquanto Sergipe e Roraima fecham o “pódio” com uma taxa de 11,96 e 10,53. O estudo estima que 1,9% da população seja não cis-gênera, na qual 1,1% pertence ao gênero feminino e 0,8 ao gênero masculino.

Apesar de ocupar o primeiro lugar, em dados absolutos o estado fica em sétimo lugar. No ano passado, Mato Grosso registrou oito assassinatos contra esta comunidade T. O Rio de Janeiro é que o estado que mais matou, com 16 casos. No total, foram assassinadas 161 pessoas trans em 2018. Os únicos estados que não tiveram nenhum caso noticiado foram o Acre e o Amapá.

O Centro-Oeste é a região onde houve um menor número de casos de assassinatos, 18, o que representa 11,4%. O Nordeste representa a maior parcela, com 59 casos, o que significa 36,2% no país. Sudeste, Sul e Norte registraram 45 (27,6%), 20 (12,2%) e 19 casos (12%), respectivamente.

Em 2019, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Mato Grosso já registrou cinco assassinatos. Deste montante quatro são travestis, enquanto uma das pessoas não teve sua identidade de gênero divulgada. 

O Antra ainda aponta que no país 90% da comunidade T utilizam-se da prostituição como fonte de renda, enquanto 72% não possuem ensino médio, segundo dados do Projeto Além do Arco-Iris/AfroReggae). Dos casos de assassinatos acontecidos em 2018, 72% da população trans e travesti que foi morta era garoto ou garota de programa.

Crimes de homofobia em MT

Entre 2011 e 30 junho de 2019, Mato Grosso registrou 96 casos de homicídios contra a população gay, de acordo com o Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH), da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O ano de 2018 foi o que registrou casos de morte, com 21 ocorrências, enquanto em 2019 foram registrados somente cinco mortes. Nos anos de 2013, 2016 e 2016, foram 2, 2 e 7 casos de suicídio, respectivamente.
 
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