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01/08/2020 | 09:38

STF manda soltar conselheiro flagrado descartando cheques

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu um habeas corpus ao conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Waldir Júlio Teis. 

Teis foi preso 1º de julho por obstrução de Justiça no âmbito da Operação Ararath, que investigou um esquema de desvio de verbas pública, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

O habeas corpus havia sido impetrado pelo escritório do advogado Rodrigo Mudrovitsch, de Brasília, contra a ordem de prisão expedida pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça.

A reportagem conversou com o advogado Diógenes Curado, que atua na defesa de Teis em Cuiabá. Até o início da manhã deste sábado (1º), o HC não havia sido cumprido. 

Um relatório elaborado pela Polícia Federal Teis relata que Teis desceu correndo 16 andares de um prédio para tentar jogar cheques no lixo enquanto agentes cumpriam mandados de busca e apreensão em seu escritório. 

O pedido havia sodo formulado pelo Ministério Publico Federal (MPF) em decorrência de o conselheiro ter tentado embaraçar a investigação.

Segundo o relatório da PF, Teis foi flagrado tentando destruir cheques assinados em branco e canhotos de cheques. O relatório afirma que ele desceu correndo 16 andares de escada enquanto agentes estavam em seu prédio e teria jogado os cheques em uma lixeira do local.  

O prédio é o Centro Empresarial Maruanã, localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), em Cuiabá. Lá, estava sendo cumprido mandados de busca em uma sala alugada pelo conselheiro afastado onde funciona a Office Consultoria e Governança Tributária.   

A tentativa do conselheiro foi filmada e fotografada pelos agentes policiais. No entanto, pelo fato de o inquérito correr em sigilo, as imagens não foram disponibilizadas.  

Segundo o MPF, os canhotos dos cheques somam mais de R$ 450 mil.  

Teis e mais quatro conselheiros - Valter Albano, Antonio Joaquim, Sérgio Ricardo e José Carlos Novelli - estão afastados do cargo desde 2017, quando foram acusados pelo ex-governador Silval Barbosa de exigir R$ 53 milhões para não embaraçar obras de infraestrutura e da Copa do Mundo de 2014.
 
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