Imprimir

Imprimir Notícia

01/08/2020 | 09:45 | Atualizada: 01/08/2020 | 09:53

Ao chamar o Samu, empresário disse que garota havia caído; ouça

A gravação da chamada do empresário Marcelo Cestari ao Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), no dia em que sua filha matou acidentalmente uma amiga com um tiro, mostra que ele informou que a garota havia caído no chão e batido a cabeça.  

A tragédia aconteceu no dia 12 de julho no condomínio Alphaville, em Cuiabá. Na ocasião, Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu.  

O áudio da chamada, realizada instantes após o disparo, foi divulgado nesta sexta-feira (31) pelo site Hipernotícias.  

Bastante nervoso, Cestari pede que uma viatura vá até o local.  “Oi, rápido, a menina caiu no banheiro aqui no Alphaville. Está saindo muito sangue, está perdendo muito sangue”, disse o empresário. 

Em seguida, a atendente pergunta o que aconteceu. “Minha filha, ela caiu e bateu a cabeça, está perdendo muito sangue. Tem uns dois litros de sangue no chão”.  

A mulher então pede que ele dê o seu nome. “Marcelo Cestari, rápido. Aqui no Alphaville 1. Depois eu me qualifico, é que ela está perdendo muito sangue. Se não vier rápido, não vai sobrar (sic)...”  

Por fim ele reitera a gravidade do problema.  “Eu acho que ela já está sem respiração. Rápido, moça, por favor, ela está perdendo muito sangue, ela está descordada. Não estou sentindo a respiração dela”. 

O caso 

Isabele Ramos foi atingida com um tiro no rosto, por uma arma que estava sendo segurada pela amiga. A perícia de necropsia, produzida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), apontou que o disparo foi realizado no rosto da adolescente, a curta distância, e causou traumatismo crânio-encefálico.    

À Polícia, a adolescente que atirou disse que foi em busca da amiga no banheiro do seu quarto levando em mãos duas armas. 

Em determinado momento, as armas, que estavam em um case, caíram no chão. “A declarante abaixou para pegar os objetos, tendo empunhado uma das armas com a mão direita e equilibrado a outra com a mão esquerda em cima do case que estava aberto", revelou a menor em depoimento. 

"Que em decorrência disso, sentiu um certo desequilíbrio ao segurar o case com uma mão, ainda contendo uma arma, e a outra arma na mão direita, gerando o reflexo de colocar uma arma sobre a outra, buscando estabilidade, já em pé. Neste momento houve o disparo", acrescentou.
 
 Imprimir