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16/02/2021 | 06:59

Boné da Avestruz Master gera sensações de sofrimento nas redes sociais em Vila Rica

No final da manhã desta segunda feira de Carnaval, dia 15 de fevereiro uma postagem feita em grupo de amigos da cidade de Vila Rica se espalhou feito rastilho de pólvora pela região Araguaia de Mato Grosso, e acabou indo parar também em grupos de mídia social de outros estados.

O post foi feito em tom de brincadeira por um empresário no Grupo Amigos do Nacional, que tem este nome numa homenagem a um famoso clube social da cidade Vila Rica nos anos 80, 90 e 2000, a postagem trazia a fotografia de um boné da Avestruz Master, empresa que foi responsavel por um calote milinário e que quebrou inúmeros investidores na cidade de Vila Rica e na região Araguaia.

Com a máxima “Recordar é viver” parece que o tal boné trouxe de volta a máxima “Recordar é sofrer” já que a Avestruz Master era uma empresa que fornecia contratos de venda e compra de avestruzes com a honra de recompra dos animais em esquema de pirâmide financeira, sendo assim responsável por uma das maiores fraudes financeiras ocorridas no Brasil.

Em sete anos de atividade, nenhuma ave da Avestruz Master chegou a ser abatida. Na teoria, a organização teria comercializado mais de 600 mil animais. Mas na realidade, só possuía 38 mil. O grupo detinha 40 mil investidores no Brasil, 30.000 deles eram do estado de Goiás.

Para aumentar a base da pirâmide, foram gastos 4 milhões de reais em publicidade em 2004, e com somente 100 mil reais em ração para as avestruzes. Quando o esquema foi descoberto em 2005, a empresa faliu e um de seus sócios fugiu para o Paraguai. Em 2010, a Justiça Federal condenou os dois filhos e o genro do dono da Avestruz Master as penas de 12 a 13 anos de prisão além de serem obrigados a indenizar os investidores em 100 milhões de reais.
 
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