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03/08/2022 | 09:03

Soja: preços ficam em baixa mesmo com alta significativa do dólar

Os preços da soja encerraram majoritariamente mais baixos nesta terça-feira (2) nas principais praças do país. A queda de Chicago pesou na formação, mesmo com o dólar subindo quase 2%. O cenário não empolga os produtores, que seguem retraídos. Como resultado, a comercialização se arrasta.

Principais praças do país

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em baixa. O mercado foi pressionado pela indicação de melhora nas condições das lavouras americanas e pelas preocupações geopolíticas, em meio às discussões entre China e Estados Unidos em torno de Taiwan.

Também pesa negativamente a queda nos vizinhos milho e trigo com a retomada das exportações ucranianas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 31 de julho, 60% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava 58% -, 29% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 59%, 30% e 11%, respectivamente.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 16,25 centavos ou 1,13% a US$ 14,15 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,86 por bushel, com perda de 19,50 centavos de dólar ou 1,38%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 4,50 ou 1,04% a US$ 434,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 62,33 centavos de dólar, com perda de 1,76 centavo ou 2,74%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em alta de 1,93%, cotado a R$ 5,2770. O ambiente de forte aversão global ao risco foi inflado pela tensão entre China e Estados Unidos, pelos indícios de um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais hawkish (duro, propenso ao aumentos dos juros), além dos ruídos políticos domésticos e a chance do Comitê de Política Monetária (Copom) não terminar o ciclo de aumento dos juros na reunião que ocorre entre hoje e quarta (3), o que também contribuiu para o fortalecimento da moeda norte-americana.
 
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