Com atividades suspensas há cinco meses, a balsa ‘Estradeiro I’ e o rebocador ‘Estradeiro II’, utilizados na travessia do rio Xingu, em São José do Xingu (a 951 km de Cuiabá), continuam sem funcionar devido à pandemia do novo coronavírus.
A medida foi adotada por lideranças indígenas que demonstram preocupação com o avanço da doença na região. As operações da balsa que liga a região Norte Araguaia ao extremo Norte de Mato Grosso pela MT-322, foram paralisadas no dia 25 de março por tempo indeterminado, conforme informou a administração da embarcação em nota.
Administrada pelos próprios indígenas da etnia Kayapó, a Balsa Xingu é utilizada na rota de escoamento da produção de grãos e gado. O desvio que está sendo feito por motoristas atualmente chega a mil quilômetros, o que encarece os serviços de frete, segundo produtores rurais da região.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, já afirmou que foram tentados alguns acordos junto às lideranças indígenas para o retorno das atividades. E propôs horários reduzidos com a adoção das medidas de prevenção cabíveis. No entanto, a administração optou por parar as operações.
Outras balsas
Apesar da suspensão das operações da balsa sobre o rio Xingu, as demais operações de transporte hidroviário em Mato Grosso seguem normalmente, com a adoção de medidas de prevenção ao coronavírus. Continuam operando as balsas que fazem a travessia sobre os rios Arinos, Verde, Juruena, Teles Pires, Apiacás e Rooselvelt.