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Em exclusiva, tenente da Polícia Militar informa situação da desocupação da Porta da Amazônia

Cerca de 60 famílias da comunidade Porta da Amazônia sofrem com o despejo

08/04/2021 | 10:25

Redação Olhar Alerta

Em exclusiva, tenente da Polícia Militar informa situação da desocupação da Porta da Amazônia

Bloqueio da rodovia feito ano passado para chamar a atenção das autoridades para que impedissem o despejo.

Foto: Reprodução

Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, cerca de 60 famílias da comunidade Porta da Amazônia, localizada a 50 km do município de Confresa, sofrem com a ação de despejo. Recentemente foi iniciada a desocupação das terras pelas forças militares regionais.

Em exclusiva com o Olhar Alerta, o Tenente Coronel Diniz - que está comandando os militares na operação - explica como está o processo de desocupação da Porta da Amazônia, que teve início no primeiro dia de abril, e tem previsão de terminar nessa quinta-feira (8):
Já havia sido feito um trabalho anterior em dezembro, onde os ocupantes tinham sido informados da decisão de desocupação, e no dia primeiro iniciamos apropriadamente a operação de missão na posse. Então a gente passou em todas as pessoas que ocupavam a fazenda, e contabilizamos o total de 47 ocupações distintas, informando junto com um oficial de justiça para tratarmos a respeito de prazos, sobre quando poderiam sair e o que poderiam levar.

O tenente explicou que desde então muitas famílias já saíram do local, juntamente com as máquinas agrícolas utilizadas pelos trabalhadores do campo, mas que existem alguns animais lá dentro – principalmente gado.

Diniz conta que todo o processo está ocorrendo de forma pacífica e ordenada, e que há sim protesto por parte de algumas famílias, mas que ele entende a situação de quem está sendo obrigado a sair de lá, e toda a comoção social na população das duas cidades mais envolvidas nessa operação: Confresa e Vila Rica.

Foram acionadas tropas de Vila Rica e também de outras cidades de Mato Grosso, e até a Polícia Rodoviária Federal ajudou na operação, tendo em vista que a fazenda corta a BR-158, mas que nenhum uso de força foi necessário até o momento.

As famílias moram na região desde 1996, quando o grupo empresarial Kaiowá, proprietário do terreno, teria entrado em falência. O novo pedido de despejo e reintegração de posse acontece após a área ter sido leiloada, em 2018, para quitar as dívidas do antigo dono, e o arrematante, Agropecuária Lago Grande S.A., ter conseguido na justiça de São Paulo uma carta precatória para a reintegração de posse.

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