Policiais penais que atuam na Penitenciária Regional Major Zuzi em Água Boa se recusaram a receber quatro suspeitos detidos esta semana durante a Operação Dominus Cecidit, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil de Querência.
Os policiais penais de Mato Grosso deflagraram greve para cobrar melhores salários.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen) Amaury das Neves, as unidades prisionais não vão receber nenhum preso novo, visitas, banho de sol e visita de advogados nas penitenciárias foram suspensas.
Além disso, foram suspensas atividades extras, atendimento judicial e de saúde, escoltas, recebimento de mercadoria, entrada de qualquer veículo e saída de presos para trabalhos fora das penitenciárias.
Ao todo, em Mato Grosso são 3 mil policiais penais.
Os policiais penais estão em negociação com o governo do estado para cobrar a valorização salarial e equiparação da remuneração com a de outras categorias da segurança pública.
Durante a assembleia de votação foi apresentada pelo sindicato o posicionamento o governo de Mato Grosso quanto ao pedido de valorização salarial.
A categoria não aceitou entrar em um acordo com reposição de 15% dos salários. Conforme o sindicato, na última terça-feira (7), o secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, informou que a reivindicação não será atendida.
A equipe da Polícia Civil de Querência que conduziu os presos até a Penitenciária em Água Boa não havia sido informada do estado de greve.
Com a recusa dos policiais penais em receber os presos, eles foram trazidos de volta à Querência, no entanto, a delegacia local não possui estrutura para manter os suspeitos detidos por muito tempo.