Mais de 200 trabalhadores rurais ocuparam, nesta terça-feira (23), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Cuiabá. A ação reúne mulheres, homens, jovens e crianças das quatro regiões do estado para cobrar por demandas das comunidades, como acesso aos processos referentes às áreas que ocupam, agilidade no cumprimento das medidas e criação de projetos de desenvolvimento sustentável, entre outros pontos.
Lideranças das famílias se reuniram com representantes do Incra e da Defensoria Pública para tratar das reinvindicações levantadas pela manifestação.
O movimento acontece durante a 2ª Semana de Resistência Camponesa realizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Mato Grosso, com apoio de outras entidades do segmento, que acontece até esta sexta-feira (26).
Ao g1, o Incra informou, em nota, que todas as demandas devem ser atendidas em um prazo que varia de cinco a 15 dias.
"O Incra recebeu a pauta de reivindicações dos trabalhadores rurais, na qual solicitavam uma reunião para tratar do andamento de diversos processos. O responsável pela Conciliação Agrária comunicou aos trabalhadores a necessidade de desocupação do prédio, informando-os que, em caso de recusa, a PFE deverá entrar com ação de reintegração de posse”, disse.
O acampamento improvisado no estacionamento do instituto abriga sete assentamentos, sendo o Boa Esperança e União Recanto Cinco Estrelas, de Novo Mundo; Lote 10 e Renascer, de Nova Guarita; outro grupo chamado Renascer, mas localizado em Jaciara; Gleba Carlos Pelicioli, de Santa Terezinha; e Santa Rita, de Ribeirão Cascalheira.