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"Já é hora de eleger nossos deputados do Araguaia", diz presidente do Sindicato Rural de Confresa

Presidente do Sindicato Rural de Confresa voltou a destacar importância de um 'despertar' do regionalismo

26/08/2022 | 08:26

Redação

O presidente do Sindicato Rural de Confresa (MT), Bira Capuzzo

Foto: Reprodução

Entusiasta do Vale do Araguaia, o advogado, pecuarista e presidente do Sindicato Rural de Confresa (MT), Bira Capuzzo, voltou a destacar a importância do regionalismo e representatividade política nas eleições deste ano.

Há exatamente quatro anos, Capuzzo declarou que “O Araguaia precisa tomar vergonha na cara e não votar em candidatos de fora”. O discurso ocorreu no palanque do então governador Mauro Mendes, em 2018, se referindo aos eleitores da região que votaram sempre em candidatos que não representam o Araguaia, o deixando a “ver navios” em suas necessidades políticas.

“A exemplo da última eleição, dos 250 mil votantes do Araguaia, desde Alto Taquari até Vila Rica, 13.478 foram destinados ao único candidato eleito, Dr. Eugênio, muito pouco para uma região que hoje se considera a última fronteira agrícola do Mato Grosso”, pontuou Bira Capuzzo.

Na ocasião, concorriam como candidato a deputado federal Gaspar Lazari e para deputado estadual Dairinho, de Vila Rica, representando o Norte Araguaia. Segundo Capuzzo, os dois tinham chances reais para se elegerem, mas, o Araguaia, mais uma vez, preferiu votar em candidatos de fora, o que deixou Gaspar na segunda suplência da sua coligação com 40.470 votos e Dairinho 7.101 votos. “Ou seja, em um universo de 250 mil votos conseguimos eleger só um representante”, explicou o pecuarista.

Para Bira, a escolha de um representante político precisa ser criteriosa como seguir uma receita médica. “No dia 2 de outubro vamos tomar um remédio com prazo de validade. A prescrição é clara: a dose vale por 4 anos. Erro agora significa que só em 2026 poderemos aplicar um antídoto. Por isso, cautela é importante. Mais do que isso, precisamos estar por dentro das indicações e contraindicações”.

“Ler a bula na hora de votar é a regra de número um. Em poucos dias vamos escolher os novos deputados estaduais. Serão 24 eleitos na Câmara Estadual e 8 na Câmara Federal, vão cumprir mandato de 2023 a 2026 para atuarem na representação do povo mato-grossense no parlamento, vão elaborar leis, julgar as contas do governo, fiscalizar o Paiaguás, além de discutir os problemas da população e apresentar soluções, como a realização de consulta pública e investigação de órgãos e empresas prestadoras de serviços públicos”, lembrou Capuzzo.

O presidente do Sindicato Rural de Confresa ainda reforçou que, na hora de decidir pelo candidato, é necessário conhecer as propostas de cada um para o parlamento, bem como as de candidatos aos demais cargos.

“Como todo remédio, não adianta tomar dois medicamentos com função diferente e esperar que resolvam o mesmo problema. Para que o voto tenha efeito, é preciso ter coerência ao escolher os candidatos aos demais cargos que estão sendo votados. Não adianta eu votar em governador para o candidato do partido X, para o deputado estadual do partido Y. Nós temos a liberdade de votar em qualquer candidato, mas se eu quero que o plano de governo do meu candidato seja posto em prática, é preciso que ele tenha maioria no parlamento, para que seus projetos sejam aprovados”, afirmou.

“Lembrando que um deputado estadual recebe por mês o equivalente a R$ 94 mil só de salário, verba indenizatória e ajuda de custo, além de ter direito a carros, combustível e passagens áreas e de ônibus, por isso devemos escolher bem os nossos representantes, porque eles custam caro”, disse Bira Capuzzo.

“O problema é que, hoje, os eleitores têm menos liberdade do que parecem ter na hora de decidir quais números vão digitar na urna eletrônica. O voto de cabresto continua existindo, só ficou mais discreto. Ninguém vai até à cabine eleitoral para garantir que você votou, digamos, no Zé Barbudo (qualquer semelhança é mera coincidência), o que não significa que você não tenha sido influenciado de muitas outras formas. A democracia eleitoral se baseia na presunção de que cada um tem um entendimento esclarecido de suas próprias preferências. Mas essa presunção, que até faz sentido na teoria, é pouco defensável, na prática”, explicou.

“A classe política profissional é, da perspectiva social, uma elite que tem recursos, e por isso ela é majoritariamente formada por brancos, homens, empresários. Todos os grupos privilegiados são super-representados pelo Congresso e Assembleia. A festa da democracia funciona assim: todo mundo está convidado, mas o espaço vip com bebida que pisca fica reservado para os poucos reis do camarote que podem pagar por ele”, declarou Capuzzo.

1 comentário

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  • Tiago Santos 26/08/2022 | 14:54

    Este velho já está gagá. Nunca fez nada pelo rural. É um oportunista

 
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