O senador Wellington Fagundes, candidato à reeleição, defendeu o uso do fundo eleitoral e afirmou que o financiamento auxilia a democratizar a participação dos candidatos no pleito.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que serão R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral, destinado aos partidos políticos para as eleições de outubro.
“Entendo que o fundo privado deveria continuar também. Agora, o público democratiza a participação de todos. Então, sem fundo privado não tem o exercício da pressão das empresas que participam”, afirmou em entrevista à rádio Centro América FM.
O senador argumentou que existe um limite que cada candidato pode usufruir do fundo e, por isso, apesar do valor alto, o dinheiro não seria utilizado de forma descriteriosa.
Ele ainda citou o limite de gastos que, no caso dos candidatos ao Senado, é de R$ 3,2 milhões esse ano.
Segundo Wellington, antigamente os candidatos não tinham controle dos gastos e acabavam cometendo excessos.
“A pessoa podia vender a sua casa para poder colocar na campanha, isso não pode mais. E é bom, porque muitos candidatos desequilibravam sua família, porque gastava o que não podia gastar”, explicou.
“Hoje não, é tudo limitado. As mulheres tem um valor priorizado, 15% tem que ir para elas. Então, o processo é mais democrático”, acrescentou.
Valor alto
Apesar de defender o fundo eleitoral, ele também afirmou que entende as críticas ao valor investido nas campanhas políticas, principalmente devido à crise gerada pela pandemia.
Ele ainda destacou uma proposta elaborada por ele, que destinou R$ 700 milhões do fundo eleitoral para a Educação.
“Minha proposta como relator foi tirar R$ 1 bilhão do fundo eleitoral e conseguimos tirar R$ 700 milhões para a educação e a nossa proposta foi, inclusive, para conclusão das obras inacabadas e é isso que está sendo feito”, concluiu.