A prisão de Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, foi convertida de em flagrante para preventiva pelo Juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra Menezes.
Conforme apurou o site Olhar Alerta, a decisão do magistrado se deu por “prova de existência de crime, indícios suficientes de autoria e o perigo gerado pelo estado de liberdade [do suspeito]”, diz um trecho do despacho.
Rafael foi preso na manhã de quinta-feira (8), em ação conjunta da Polícia Militar e Polícia Judiciária Civil após um homicídio ocorrido na Agrovila Lumiar, zona rural de Confresa.
Primeiramente, o suspeito, que foi localizado buscando atendimento médico no Hospital Municipal, contou que dois homens haviam matado Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos e tentado mata-lo em seguida, contudo, devido às manchas de sangue em suas vestes e ferimentos provenientes de, possivelmente, uma briga, levaram as autoridades a confrontá-lo sobre a verdade dos fatos.
Em depoimento, Rafael que tem outras passagens por crimes como estelionato e tentativa de estupro, confessou que havia matado Benedito com golpes de faca e ainda tentado cortar o seu pescoço com um machado. O motivo, segundo ele, foi uma discussão sobre política. Rafael apoia o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL) e Benedito, o ex-presidente e candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luís Inácio Lula da Silva.
De acordo com entrevista dada pelos delegados responsáveis pelo caso, Victor Oliveira e Higo Rafael, durante a discussão, a vítima teria dado um soco no suspeito e pegado uma faca em seguida, contudo, Rafael teria conseguido desarmá-lo. Benedito tentou correr, mas foi alcançado e morto com 15 golpes de faca, além de ter o pescoço cortado por um machado.
O crime ocorreu no barraco onde os dois moravam na chácara.
Em sua decisão, o juiz proferiu que “a intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie. Lado outro, verifica-se que a liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável”.