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TRE: veto a celular evita que eleitor seja coagido por facções

Proibição existe há 25 anos, mas tensionamento político deu ao assunto ares de polêmica

23/09/2022 | 07:07

Mídia News

TRE: veto a celular evita que eleitor seja coagido por facções

Alair Ribeiro/TJMT

Foto: Reprodução

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Carlos Alberto Alves da Rocha, diz que a proibição de telefones celulares na cabine de votação serve para evitar a compra de votos e, também, a coação de criminosos contra eleitores. 

Segundo o magistrado, esta é uma probição antiga - está em vigor há 25 anos -, mas que se tornou polêmica recentemente por causa do tensionamento político no Brasil. “Tomou uma conotação política nessa polarização que temos visto, mas já existia. E por quê? Para você não vincular aquele voto com a compra do seu voto”, disse em coletiva nesta quarta-feira (21). 

O magistrado ainda falou sobre a possibilidade das eleições se tornarem um negócio, já que bastaria fotografar o número do candidato na urna, corrigir, e colocar o número de outro postulante. Assim, a pessoa poderia "vender" o voto, mas votar em um candidato de sua preferência.  

"Esse é um dos pontos. O outro, é uma facção criminosa que quer botar gente para ser deputado, vereador, o que for. O eleitor vai lá e mostra: 'Olha, votei'. 'Então, você está livre, não vai morrer'", disse o presidente. 

A entrega do celular ao mesário e a proibição de armas de fogo nos locais de votação, determinada em nova resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 1º de setembro, tomou contornos políticos na atual eleição, na qual alguns afirmaram ser crime conta a “liberdade individual”. 

Segundo o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, o veto ao celular evita violação do sigilo do voto, coação do eleitor e tentativas de que alguém grave a votação para tentar difundir a tese de que há fraude nas urnas eletrônicas. 

Já a proibição das armas de fogo, segundo o ministro Ricardo Lewandowski, tem por objetivo proteger o exercício do voto de qualquer ameaça, concreta ou potencial, independentemente da procedência. 

"Eu tenho falado para todos os juízes, tem sido passado para todos os mesários: "Você tem que agir com bom senso". O mesário passa a ser uma autoridade, ele que comanda. Então, uma pessoa está lá na porta querendo entrar, insiste, ou vai puxar uma arma, ele já tem recomendação para chamar um policial, que vai tomar medida", disse Rocha.

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