O governador Mauro Mendes (União Brasil) se reuniu na manhã desta quinta-feira (20) com o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (União), para pedir que os parlamentares façam poucas mudanças no orçamento do Executivo 2023.
A reunião ocorreu no Palácio Paiaguás, a portas fechadas, pouco antes da sessão plenária que aprecia em segunda votação o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) no ano que vem, com orçamento previsto em R$ 30,815 bilhões.
Segundo Botelho, a discussão girou em torno da preocupação de Mendes quanto ao cenário mundial, que já aponta para uma crise nos Estados Unidos, uma possível recessão da China, principal importador das commodities de Mato Grosso, e a guerra entre Russia e Ucrânia, que já dua oito meses.
“Ele está preocupado com previsões do ano que vem. Pediu para não mexer muito no orçamento porque ele acha que pode haver queda de arrecadação, por conta do cenário mundial”, disse à imprensa.
“Há a guerra na Ucrania, a recessão nos EUA e a possibilidade da China fazer alguma retração econômica. Tudo isso pode ocorrer em uma diminuição da arrecadação e ele está com cautela. A discussão foi em torno disso”, completou.
Um exemplo, segundo Botelho, diz respeito a uma emenda à peça orçamentaria proposta por ele para programar mais recurso para a Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer).
“Eu havia colocado uma emenda, por exemplo, para a Empaer, para reformar todas as unidades, e ele pediu para diminuir. Foram discussões pontuais”, disse.
Reunião
Para que haja uma coesão entre Executivo e Legislativo, Botelho disse que chamará alguns parlamentares, como o líder do Governo na Assembleia, o deputado Dilmar Dal Bosco (União Brasil), e representantes do Executivo, como os secretários Rogério Gallo (Casa Civil) e Basílio Bezerra (Planejamento e Gestão).
“Eu mandei fazer todo um levantamento, convoquei uma comissão para nós reunirmos na segunda-feira (24) às 15h. Chamei o deputado Dilmar, vou chamar o deputado Carlos Avalone, que é da comissão de orçamento. E vou chamar o secretário Gallo e de Planejamento para fazermos uma reunião. Não com muita gente para realmente analisarmos esses números”, disse.
