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Polícia indicia ex-chefe da Casa Civil por obstrução da Justiça

Inquérito foi instaurado com o objetivo de apurar possíveis interceptações telefônicas em Lucas

18/11/2022 | 06:44

Redação

Polícia indicia ex-chefe da Casa Civil por obstrução da Justiça

A delegada Ana Cristina Feldner, coordenadora da força-tarefa

Foto: Reprodução

A força-tarefa da Polícia Civil que apura as interceptações telefônicas ilegais realizadas no Estado de Mato Grosso encaminhou ao Poder Judiciário, nesta quinta-feira (17), o inquérito policial nº 49/2017.

No inquérito, a Polícia Civil indiciou o advogado e ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques por obstrução de Justiça. 

Outro investigado no procedimento foi o coronel da PM Airton Benedito Siqueira Júnior, ex-chefe da Casa Militar e ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso. Os dois ocuparam cargos na gestão do ex-governador Pedro Taques.  

O inquérito foi instaurado com o objetivo de apurar possíveis interceptações telefônicas ocorridas em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá), no ano de 2016. 

Durante as investigações foi possível constatar suposto crime de obstrução de Justiça supostamente praticado por Paulo Taques, além de outros delitos da esfera militar, atribuídos a Siqueira. Em relação a este, os fatos deverão ser apurados pela Justiça especializada. 

Segundo a delegada responsável pelas investigações, Ana Cristina Feldner, os fatos envolvendo a “Grampolândia Pantaneira” foram desmembrados em sete inquéritos. 

“Mesmo diante da complexidade envolvendo cada procedimento, a força-tarefa encaminhou para o Poder Judiciário mais um inquérito policial, sem prejuízo das investigações estarem em adiantada análise quanto aos demais”, disse a delegada.  

Participam da força-tarefa os delegados Renato Resende e Romildo Nogueira, coordenados pela delegada, Ana Cristina Feldner. 

As investigações demonstraram que Siqueira, à época chefe da Casa Militar, “retardou ou deixou de praticar, indevidamente, ato de ofício, ao não determinar a apuração de fatos, em tese, criminosos, que estavam ocorrendo no processo eleitoral de Lucas do Rio Verde”, envolvendo escutas clandestinas durante a campanha eleitoral de 2016 na cidade.

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