Os professores de geografia Me. Claudiney Freitas Marinho e o professor de história Me. Enock Edson Teixeira do Prado Filho, ofertaram, na última sexta feira, a disciplina, "Direito, meio ambiente e desenvolvimento no território Araguaia Xingu" para as turmas de Especialização e FIC em Direitos Humanos e Garantias Fundamentais. Cursos ofertados pelo IFMT em parceria com o Centro de Direitos Humanos Dom Pedro Casaldáliga que acontece aos fins de semana no centro comunitário Padre Josimo, em Porto Alegre do Norte. Os cursos contemplam estudantes de toda esta região que são de alguma forma atuantes ou ligados aos grupos de direitos humanos.
"Neste módulo discutimos as questões agrárias dentro de uma perspectiva geo-histórica. As tratativas tiveram como eixo central os diferentes projetos em curso nesse território, as fronteiras, o uso da terra (trabalho e negócio), os atores (indígenas, camponeses, Prelazia de São Félix do Araguaia, fazendeiro pecuarista/latifúndio, peões, grileiros, Estado, governos, agronegócio), as forças hegemônicas, a resistência dos oprimidos da terra, o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento sustentável, a especulação fundiária, a exploração e a (re) anexação (i) legal pela agricultura de precisão, de territórios indígenas e camponês, sintetizou Marinho.
Já o professor Enock disse que participar da aula foi ótimo porque ele, que é oriundo da Bahia, pôde aprender muito sobre a região por meio dos relatos dos estudantes: "Foi uma experiência singular por conta da origem e perfil dos discentes da Pós-graduação em Direitos Humanos. Além das questões ambientais, debatemos a formação do território Araguaia Xingu. O estudo dessa temática possibilitou, em diversos momentos, inferências e relatos pessoais sobre os problemas históricos e socioambientais oriundos da expansão da fronteira agrícola no território do Mato Grosso. A turma também contou com a participação de dois membros do grupo indígena karajás e com pessoas ligadas ao serviço de atendimento estatal aos povos tradicionais do Araguaia Xingu. As experiências compartilhadas por essas pessoas ampliaram o entendimento sobre a história e cultura regional", contou o professor.
.JPG)
