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Povos do Parque Indígena do Xingu vão ter acesso à energia elétrica à noite em MT

Sistemas fotovoltaicos estão sendo instalados na região por meio do programa federal Mais Luz Pra Amazônia

12/01/2023 | 08:45

Redação

Povos do Parque Indígena do Xingu vão ter acesso à energia elétrica à noite em MT

Foto: Reprodução

Povos do Parque Indígena do Xingu vão ter fornecimento de energia elétrica por meio de geração solar mesmo à noite. A frase soa estranha em um primeiro momento. Mas é sim possível por meio da tecnologia de armazenamento utilizando baterias.

Sistemas fotovoltaicos estão sendo instalados na região por meio do programa federal Mais Luz Pra Amazônia e que leva energia aos lugares isolados nos estados que compõem a Amazônia Legal Brasileira.

Em Mato Grosso o programa é coordenado pela Energisa e já atendeu mais de 400 famílias, incluindo o Pantanal, com um investimento de R$ 16,5 milhões. “Essa tecnologia é importante porque chega em regiões onde haveriam limitações físicas pra passar com a rede convencional, principalmente ambientais.

Ela foi desenvolvida inicialmente por meio do programa ‘Ilumina Pantanal’ e agora está chegando a todos os ribeirinhos, povos originários do Xingu, entre outras aldeias,” destacou Marcelo Pazoti, gerente de construção, manutenção e distribuição da Energisa.

O sistema implantado pela Energisa usa placas solares conectadas a baterias que podem abastecer as moradias durante o dia e a noite ou até mesmo em dias chuvosos, atendendo a equipamentos que geram conforto as comunidades como geladeira, rádios de comunicação, celulares, televisores e ventiladores. 

O primeiro a receber a instalação no Pantanal mato-grossense foi o caseiro Paulo Rogério da Silva, que mora em Poconé e só ligava o gerador a cada dois dias por 3 horas, por causa do alto custo do diesel. “Para deixar a geladeira ligada a noite toda, eu gastaria de 20 a 30 litros de diesel, que eu pagava R$ 7 o litro. Então, ficaria muito caro para mim”, conta.

Com a instalação das placas solares, os brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) passaram a acompanhar o sistema em

tempo real. “Assim, é possível enviar a equipe mais rápido para combater o fogo”, conta a agente administrativa do ICMBio Zilma Pereira Silva de Oliveira.

Na Terra Indígena Guató, que fica na borda do Pantanal, sessenta e oito indígenas foram contemplados. A moradora da Aldeia Aterradinho, Karine Alves de Arruda, afirma que a vida dela mudou com o acesso à energia. “Agora temos luz, ventilador para dormir fresquinho, geladeira para congelar o peixe”, diz Karine.

Energia no Xingu

O Parque Indígena do Xingu é considerado a maior e uma das mais famosas reservas do gênero no mundo, criado em 1961. Atualmente vivem na área cerca de 5.500 indígenas de quatorze etnias diferentes. Mais de mil famílias serão atendidas pela Energisa, com a instalação das placas solares juntamente com baterias.

O coordenador de construção e manutenção da Energisa Ricardo Rubira explica que a geração ocorre por conta dos raios solares e, não, pelo calor do sol. “Em dias com menos sol, a eficiência pode diminuir, mas para isso que existem as baterias. Elas armazenam a energia que foi excedente durante o dia. A mesma regra vale para a noite e dias chuvosos”, explica o coordenador.

Além de informações básicas dos cuidados neste período, os consumidores também receberam dicas de consumo. “Nosso papel não é apenas distribuir energia elétrica, mas levar oportunidades de desenvolvimento social e econômico, resultando em inclusão, sustentabilidade, cidadania e bem-estar para nossos clientes”, complementa Ricardo.

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