O governador Mauro Mendes (União) comentou sobre possíveis recursos internacionais a serem injetados no país, a fim de preservar a Amazônia e combater o desmatamento. Para Mendes, os recursos vindos dos "gringos" são "migalhas".
No fim do mês passado o assessor americano especial para o clima, Kohn Kerry, esteve no Brasil. Ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do vice-presidente Geraldo Alckmin, Kerry falou sobre o interesse americano em colaborar com o Fundo Amazônia.
O objetivo é a cooperação entre os dois países para combater o desmatamento ilegal na Amazônia. O valor a ser doado, contudo, não foi definido.
"Eu não acredito que gringo vai ficar financiando nada aqui de forma robusta, consistente, de médio e longo prazo. Esse negócio de 'dinheirinho' internacional para projeto no Brasil, são migalhas, com todo respeito. Mas são bem-vindos", afirmou.
O governador ainda pontuou que com uma boa gestão, sempre há recursos para investir. E salientou que Mato Grosso, com sua própria arrecadação, consegue custear medidas de combate ao desmatamento.
"O que é importante é o Estado fazer a lição de casa, o Governo Federal, os governos estaduais, os municípios, cada um fazer o seu papel. Recurso, se você faz uma boa gestão, arrecada corretamente os impostos e gasta de forma correta esse dinheiro, sempre tem dinheiro para fazer", disse.
"As ações que fizemos não foram com dinheiro gringo, foi com o dinheiro suado do mato-grossense", acrescentou o governador.
Esta não foi a primeira vez que o cherfe do Executivo critica da falta de recursos mais "robustos" para combate ao desmatamento ilegal, em especial na Amazônia. Durante sua participação da COP27, no Egito, no ano passado, Mendes disse que tais recursos passaram a ser “um troco” no conjunto orçamentário do estado.
