A situação de negócios envolvendo o mercado brasileiro de boi seguiu muito ruim ao longo da semana. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os preços da arroba seguiram em queda livre pelo Brasil, o que traz um cenário bastante desafiador para o pecuarista.
Iglesias ressalta que os frigoríficos conseguiram escalas de abate confortáveis, mas seguem pressionando as cotações da arroba, em meio ao cenário ruim para os preços da carne bovina, tanto no mercado interno quanto no internacional, fazendo com que haja queda das receitas da indústria frigorífica. “Ao menos em um horizonte próximo é difícil vislumbrar algum ponto de recuperação dos preços da arroba do boi gordo”, disse Iglesias.
Preços internos
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 200,00, queda de 6,98% em relação à última semana, de R$ 215,00. Em Dourados (MS), a arroba foi cotada em R$ 205,00 na modalidade a prazo, retração de 4,65% frente à semana passada, de R$ 215,00.
Em Cuiabá (MT), a arroba caiu 3,94%, de R$ 203,00 para R$ 195,00. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 205,00 por arroba, retração de 2,38% frente à semana anterior, quando foi negociada a R$ 210,00. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 195,00, baixa de 4,88% frente aos R$ 205,00 da última semana.
Preços declinam no mercado atacadista
Iglesias ressalta que o mercado atacadista registrou preços em queda ao longo da semana, denotando um quadro de demanda bastante enfraquecido.
O quarto do traseiro foi precificado a R$ 16,30 por quilo, queda de 4,96% frente aos R$ 17,15 da semana passada. O quarto do dianteiro foi precificado a R$ 12,30 por quilo, retração de 5,38% frente aos R$ 13,00 registrados na última semana.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 562,545 milhões em agosto (14 dias úteis), com média diária de US$ 40,181 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 124,650 mil toneladas, com média diária de 8,903 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.513,00.
Em relação a agosto de 2022, houve baixa de 25,8% no valor médio diário da exportação, ganho de 0,8% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 26,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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