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Golpe do empréstimo: saiba como funciona esquema que já causou prejuízos de quase R$ 20 milhões

Esta semana, 30 pessoas foram presas no Piauí

11/09/2023 | 06:43

G1

Golpe do empréstimo: saiba como funciona esquema que já causou prejuízos de quase R$ 20 milhões

Foto: Reprodução

Esta semana, 30 pessoas foram presas no Piauí acusadas de aplicar o golpe do empréstimo. Usando até carros de som para atrair as vítimas, bandidos enganavam sistemas bancários e causaram prejuízos de quase R$ 20 milhões.

Anderson Ranchel, ex-motorista de aplicativo, é apontado pela polícia como um dos líderes do esquema criminoso. Ele e outros três homens: Ilgner Bueno, Sávio Máximo e Handson Ferreira fraudaram quase R$ 6 milhões de um banco privado usando apenas celulares.

O golpe, que se espalhou por 24 estados, funcionava em duas frentes: em grupos de aplicativos - eles anunciavam empréstimos bancários facilitados, um dinheiro rápido e sem burocracia - e em um corpo-a-corpo, em locais escolhidos cuidadosamente.

Muitos clientes que contrataram o empréstimo moravam em bairros na periferia de Teresina, onde três dos quatro líderes da quadrilha nasceram e cresceram, e conheciam a maioria dos futuros clientes. Assim, ficava mais fácil convencê-los a participar do esquema.

Depois de recrutar os clientes, era hora de executar o golpe. As contas eram abertas pelo aplicativo do banco; nome e CPF eram verdadeiros, mas as profissões eram fictícias.

"Informando uma renda mensal que ele não tinha: R$ 40 mil por mês, por exemplo. Só que, assim que ele abria a conta, recebia um PIX de R$ 40 mil para que o motor de crédito do banco pensasse: poxa, essa renda é legítima", explica o delegado.

Os líderes da quadrilha acessavam as contas e forjavam movimentações financeiras para enganar o sistema. Para acessar o dinheiro dos empréstimos, os fraudadores usavam máquinas de cartão ligadas a empresas de fachada.

A polícia acredita que o grupo aplicou o golpe do empréstimo por pelo menos um ano e meio, tempo em que acumulou um patrimônio considerável.

A defesa de Anderson Ranchel não quis se pronunciar sobre o caso.

Já os advogados de Handson Ferreira disseram, em nota, que os fatos serão efetivamente esclarecidos quando for possibilitado o contraditório e a ampla defesa.

As defesas de Ilgner Bueno e Sávio Máximo não retornaram os contatos.

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