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Nova desembargadora, Graciema toma posse: "Justiça foi feita"

Graciema Ribeiro voltou ao Judiciário em 2022, depois de reverter aposentadoria compulsória

28/10/2023 | 08:45

Redação

Nova desembargadora, Graciema toma posse:

A nova desembargadora, Graciema Ribeiro, na cerimônia de posse

Foto: Reprodução

Empossada como nova desembargadora nesta sexta-feira (27), Graciema Ribeiro afirmou que a “justiça foi feita” após ser aposentada compulsoriamente por 10 anos e só retornar ao Judiciário em 2022. 

Graciema e outros oito magistrados de Mato Grosso foram acusados de uma triangulação financeira ilegal, com dinheiro público, feita para saldar dívidas de uma cooperativa ligada à Maçonaria.  

Ela foi condenada à aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça em 2012, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as punições em novembro de 2022. Nesta quinta-feira (26) o TJ a escolheu como nova desembargadora. 

“Graças a Deus a justa justiça foi realizada, porque desde 2009 nós, as juízas, já tínhamos sido inocentadas antes dos demais envolvidos. Todos estão gradativamente sendo reconhecidamente inocentes da acusação que houve”, afirmou após a posse.

“[...] Embora um pouco demorada, mas ela [a justiça] chegou para alguns de nós em tempo hábil de retornarmos nossa atividade”, acrescentou. 

Graciema foi escolhida pelo critério de antiguidade e poderá exercer o cargo de desembargadora por apenas algumas semanas, já que em janeiro de 2024 completará 75 anos e irá se aposentar da Corte. 

Apesar do pouco tempo no novo cargo, a desembargadora se mostrou animada para voltar atuar. 

“Sempre atuei na Justiça Criminal. Agora com o retorno eu fui designada para o Direito Público, que é uma área civil e totalmente nova para mim. Para quem ficou 12 anos fora, eu me senti gratificada de voltar e poder trabalhar nesse período”, disse. 

“Sem ressentimentos” 

Mesmo sendo punida por 10 anos, a desembargadora se mostrou resiliente com a situação e afirmou que não guarda mágoas. 

Ela ainda afirmou que mantém a admiração pelo desembargador Orlando Perri, que na época do caso era corregedor-geral. 

“Eu não tenho ressentimentos, penso que tudo na vida são designíos, é o destino de cada um. Não tenho esse sentimento de mágoa, de rancor dentro do meu espírito, porque acho que isso só faz mal”, disse.

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