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AMM vai protagonizar debate contra a moratória da soja: "Tratado vai quebrar o agro e prejudicar os municípios"

Pelas normas aprovadas pelo Conselho Europeu, ao menos 90 cidades não mais poderão exportar carne e grãos para o bloco da União Europeia

09/01/2024 | 06:41

Repórter MT

AMM vai protagonizar debate contra a moratória da soja:

Leonardo Bortolin assumiu a presidência da AMM na quarta-feira (03)

Foto: Reprodução

O novo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Leonardo Bortolin (MDB), disse que a entidade vai protagonizar o debate sobre a moratória da soja. Esse instrumento existe desde 2006 é um tratado internacional estabelecido pelo mercado da União Europeia para não comprar carne e soja de áreas da região amazônia, que tenham tido desmatamento, mesmo que legal, desde 2008. A medida se sobrepõe às leis de comércio brasileiras e afetam diretamente tanto a agricultura quanto a pecuária.

Isso afeta diretamente a economia de Mato Grosso, responsável por 30% da produção de grãos do país e com um rebanho bovino de mais de 34 milhões de cabeças, já que o Estado está inserido na Amazônia Legal.

“É um absurdo algumas condicionantes de países europeus quererem um tratado comercial sobrepor à lei de livre comércio que hoje existe no Brasil”, disse Bortolin em conversa com jornalistas na última semana.

“Enquanto instituição, nós vamos colocar a AMM para protagonizar o debate da moratória, por entender que ela é uma matéria que atinge diretamente a economia dos municípios”, acrescentou.

Segundo o prefeito, 90 cidades de Mato Grosso estão no bioma amazônico e serão duramente prejudicadas pelas novas regras da moratória.

“Com certeza nós vamos entrar nesse embate. E dando apoio à frente do agro naqueles pontos que foram levados ao governo do Estado. Que a gente vê que ali passa a ser uma condicionante para que os municípios não tenham perda na originação do produto”, disse.

“Você impedir um município de, porque está no bioma amazônico e tendo as terras abertas, mesmo que legalmente, ter a proibição da originação de soja, além de quebrar a agricultura desse município você fere diretamente a economia desses municípios, que predominantemente vendem agricultura”, concluiu.

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