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Juiz nega gratuidade a filho de Eraí Maggi em ação sobre herança

Patrimônio dos Scheffer é estimado em R$ 1,2 bilhão, sem levar em consideração o Grupo Bom Futuro

25/01/2024 | 06:57

Repórter MT

Juiz nega gratuidade a filho de Eraí Maggi em ação sobre herança

Eraí Maggi Scheffer e o filho, Renato Scheffer

Foto: Reprodução

O juiz Alexandre Elias Filho, da 7ª Vara Cível de Cuiabá, negou o pedido de Renato Cardoso Lima Scheffer para ter acesso a justiça gratuita. Renato é filho do empresário Eraí Maggi Scheffer com uma ex-cozinheira, de uma de suas fazendas.

Na ação em que questiona a possibilidade de o pai estar partilhando a herança em vida e somente entre os filhos de seu casamento, Renato chegou a apresentar uma cópia da Carteira de Trabalho como comprovação de que está desempregado desde 2017 e, portanto, não possuiria renda suficiente para arcar com os custos do processo.

O magistrado, contudo, apontou que o próprio Renato anexou ao processo um documento que comprova que existe um acordo com o pai, que lhe concede uma pensão de R$ 12,5 mil mensais pelo prazo de cinco anos.

“Dessa forma, diante da ausência de demonstração de balanço financeiro mensal que possa evidenciar a hipossuficiência da parte requerida em relação aos seus ganhos mensais provenientes do acordo extrajudicial, bem como diante da omissão quanto aos seus rendimentos mensais por atividade laboral de motorista (CTPS desatualizada), não há direito à concessão do benefício pretendido”, diz o juiz.

Renato, que é representado por uma banca de sete advogados, ainda obteve do magistrado o benefício de poder parcelar o valor das custas processuais em quatro prestações, com vencimento da primeira parcela em fevereiro.

Segundo o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, Renato quer que seus advogados realizem uma devassa nas finanças do Grupo Bom Futuro e da família Scheffer, com o objetivo de identificar possível transferência de patrimônio excluindo Renato da partilha de bens.

O grupo Bom Futuro tem um capital social avaliado em R$ 1,5 bilhão. Já a holding EMK2A, que administra o patrimônio da família, tem capital social de R$ 1,2 bilhão.

Renato Cardoso Lima Scheffer trabalha como motorista na cidade de Nova Olímpia (204 km de Cuiabá). Ele alega no processo que foi abandonado pelo pai, com quem não teve nenhum contato ao longo da vida. Após o reconhecimento da paternidade, feito por um procurador, Renato recebeu R$ 250 mil para comprar um imóvel, além de uma pensão mensal de R$ 12.500 pelo período de cinco anos.

Procurado pela coluna do jornalista Guilherme Amado, Eraí Maggi disse que a sua relação com o filho é “100%”, que inclusive se ofereceu para custear seus estudos em São Paulo, mas que ele não quis. Disse que fala com a mãe de Renato “quase todo dia” e que “o dele está preservado”.

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