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Abia: preços da soja, milho e trigo caem mais de 20% em 2023 com boas safras

Na avaliação da entidade, as safras recordes pressionaram as cotações das commodities

26/01/2024 | 08:30

Estadão Conteúdo

Abia: preços da soja, milho e trigo caem mais de 20% em 2023 com boas safras

Foto: Reprodução

Os preços da soja, do milho e do trigo recuaram mais de 20% no acumulado de 2023 na comparação com o ano anterior, revela levantamento da Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (Abia). Os grãos são os três mais utilizados pela indústria para fabricação de pães, biscoitos e óleos, segundo a Abia. Na avaliação da entidade, as safras recordes pressionaram as cotações das commodities.

No caso do trigo, o levantamento da Abia mostra que o valor pago pelo cereal no mercado doméstico caiu 27,5% entre 2022 e 2023, para R$ 1.282 por tonelada ao fim do ano passado.

Acompanhando a queda da matéria-prima, a farinha de trigo cedeu 10%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor até novembro citados pela Abia. A entidade lembra que a safra do cereal foi recorde de 10,5 milhões de toneladas em 2022 e de 8,1 milhões de toneladas em 2023, o que contribuiu para preços menores do grão.

O preço do milho diminuiu 22,4% no ano passado, alcançando R$ 1.113 por tonelada ao fim de 2023, de acordo com a Abia.

“O clima teve um peso relevante, já que favoreceu a produção recorde de 131,9 milhões de toneladas no ano passado, 16,6% acima da safra anterior. Ao longo do ano, o preço foi caindo à medida em que as safras foram sendo colhidas”, destacou a associação.

As cotações da soja, por sua vez, cederam 21,5% em 2023, alcançando um preço médio de R$ 2.319 por tonelada no fim do ano, mostra o levantamento da Abia.

“Entre seus derivados, o destaque foi o óleo de soja, cujo preço caiu 29% segundo o INPC acumulado até novembro, sendo um dos mais relevantes para a queda da inflação de alimentos da cesta básica”, avaliou a entidade.

A produção brasileira recorde de 154,6 milhões de toneladas na safra colhida em 2023 foi o principal fator para a retração dos preços da oleaginosa, segundo a Abia.

A indústria de alimentos processa aproximadamente 58% da produção agropecuária brasileira.

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