Um criminoso que figurava na lista dos mais procurados do país do governo federal foi preso hoje de manhã em uma casa de luxo em Valinhos (SP).
Jakson Oliveira Santos, o Dako, 44, era monitorado há cerca de seis meses pelas forças de segurança. Ele foi capturado em uma força-tarefa envolvendo o Ministério Público e a Polícia Militar de São Paulo. Dako não esboçou reação e se entregou às autoridades, segundo apurou o UOL. Peritos da Polícia Federal também participaram da ação. A reportagem não localizou a defesa dele.
Investigações indicam que Dako tinha ligações com o PCC e envolvimento em ações de "domínio de cidades". Ele participou de ataques planejados para invadir municípios, render as forças de segurança e roubar instituições financeiras e já foi condenado a cinco anos e três meses de prisão por associação para o tráfico.
Os agentes apreenderam roupa de camuflagem para áreas de mata, luneta, pistola e equipamentos usados em fuzis na casa de luxo onde ele estava. O material é compatível ao usado por quadrilhas especializadas em mega-assaltos, como ações de "domínio de cidades" e "novo cangaço".
Também foram apreendidos documentos falsos e radiotransmissores. A Polícia Federal coletou material genético no local.
Mega-assaltos e ataque do PCC
Dako é investigado por suspeita de participação em um mega-assalto em Araçatuba (SP), em agosto de 2021. Na ocasião, criminosos armados com fuzis explodiram caixas eletrônicos, usaram reféns como escudos humanos, espalharam explosivos, incendiaram veículos e ainda usaram drones para monitorar a ação. O alvo era uma agência com R$ 90 milhões em cédulas.
Ele também é suspeito de participar do mega-assalto em Confresa (MT), em abril de 2023. Após o ataque, os criminosos fugiram para uma área de mata no Tocantins, dando início a uma caçada organizada pelas forças de segurança, que deixou ao menos 15 suspeitos mortos.
Dako ainda é apontado pelas forças de segurança como suspeito de participar dos ataques orquestrados pelo PCC em 2006.